Rio de Janeiro, 15 de Setembro de 2025

Coréia do Sul nega golpe de Estado no vizinho do norte

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Sexta, 26 de Janeiro de 2007 às 10:13, por: CdB

Autoridades sul-coreanas negaram, nesta sexta-feira, relatos de que militares norte-coreanos teriam se voltado contra o líder comunista Kim Jong-il, ou que ele estaria doente. A agência japonesa de notícias Jiji Press disse ter ouvido de uma fonte sul-coreana bem-informada sobre a Coréia do Norte que algo fora do comum estaria acontecendo no recluso país comunista. Segundo essa fonte, houve um duro confronto entre grupos ligados a Kim, e ele poderia estar doente, sob prisão domiciliar e fora da capital Pyongyang.

- Não sabemos de nada que respalde isso. Não há circunstâncias não-usuais - disse à agência inglesa de notícias Reuters uma fonte do Ministério da Unificação, sob anonimato.

Uma fonte sul-coreana de inteligência também desqualificou a informação da Jiji Press. Por telefone, funcionários diplomáticos em Pyongyang disseram não haver nada de extraordinário nas ruas da capital. Os rumores sobre Kim chegaram aos mercados financeiros asiáticos, mas com pouco impacto. Em fevereiro, a Coréia do Norte volta a participar em Pequim de reuniões com China, Estados Unidos, Rússia, Japão e Coréia do Sul a respeito do seu programa nuclear. Pyongyang dá sinais de flexibilidade no processo, destinado a oferecer incentivos políticos e econômicos ao regime comunista em troca da desistência de manter armas nucleares.

Kim é o único líder comunista da história a ter subido ao poder de forma dinástica, após a morte de seu pai, Kim Jong-il. Ele chegou à liderança em 1994, e desde então deu forte apoio aos militares, enquanto a economia do país se arruinava ainda mais. Em outubro, a Coréia do Norte provocou indignação mundial ao fazer um teste de arma nuclear. No domingo, a agência oficial de notícias norte-coreana, a KCNA, disse que Kim vistoriou uma usina elétrica. Na semana passada, ele teria visitado fábricas e quartéis, segundo a agência, que não informou o momento exato dessas atividades.

Uma fonte diplomática em Tóquio, mas com boas relações com a Coréia do Norte, disse que não há "movimentos anormais" no país e que os rumores circulam desde 10 de janeiro. Em Pyongyang, uma fonte diplomática ouvida por telefone disse conhecer os rumores, mas que eles são inexatos e que não há sinais de alterações nas ruas da capital.

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