Rio de Janeiro, 13 de Setembro de 2025

Consumidores realizam boicote às lojas Riachuelo e forçam afastamento de Flávio Rocha

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Sábado, 24 de Março de 2018 às 12:36, por: CdB

Uma série de denúncias, veiculadas nas mídias conservadora e independente, apontam o envolvimento do MBL com a propagação de notícias falsas.

 

Por Redação - de São Paulo

 

O Grupo Riachuelo decidiu afastar Flávio Rocha de suas atividades na empresa, já a partir da semana que vem, uma vez que ele pretende ser candidato à presidência da República, em 2018. Um dos motivos, no entanto, refere-se ao boicote às lojas Riachuelo. Consumidores de todo o país deixaram de comprar no estabelecimento, após a parceria entre Rocha e o Movimento Brasil Livre (MBL). O grupo tem sido apontado pela mídia brasileira como a maior fábrica de notícias falsas do Brasil.

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Flávio Rocha, principal acionista do Grupo Riachuelo, foi afastado da direção da empresa

Uma série de denúncias, veiculadas nas mídias conservadora e independente; apontam o envolvimento do MBL com a propagação de notícias falsas. Os textos foram criados para difamar a memória da ativista Marielle Franco; brutalmente executada no Rio de Janeiro, há 10 dias.

Ligação direta

“A relação entre o Movimento Brasil Livre e o site Ceticismo Político e seu dono, Luciano Ayan, responsável por impulsionar uma campanha de "fake news" (notícias falsas, em inglês) contra Marielle Franco, é mais sólida do que eles admitem, indica a reação a uma apuração do (diário conservador carioca O) Globo. Oficialmente, o MBL afirma não ter ligação com o Ceticismo Político e tampouco conhecer Ayan. Mas um e-mail enviado pelo Globo ao MBL, com questões sobre a onda difamatória contra a vereadora executada, foi publicado horas depois na página do Ceticismo Político”, relata o jornal, na edição deste sábado.

Ainda segundo O Globo, “a cronologia da troca de mensagens e de sua divulgação reforça a suspeita de uma ligação entre os dois grupos”.

“O e-mail de O Globo foi enviado para o MBL às 10h29 de quinta-feira. Pouco depois, às 10h44, outra mensagem, com perguntas diferentes, foi remetida para Ayan. O Globo não recebeu resposta de Ayan. Na tarde de quinta-feira, às 15h10, um dos coordenadores do MBL, Renato Battista, ligou para a redação do Globo para responder às perguntas enviadas pela manhã. Na conversa, ele negou conhecer Luciano Ayan”, acrescentou.

Reação imediata

Nas redes sociais, consumidoras e consumidores comentaram sobre a parceria entre Flávio Rocha e o MBL:

A consumidora Angela Mamede afirmou, em uma rede social, que “gostava da Riachuelo. Gostava de pinçar peças de roupa baratas e bonitas. Mas desde que o dono começou a demonstrar seu fascismo; apoiando o Golpe contra a democracia brasileira e apoiando as reformas trabalhista e da previdência; prejudicando justamente as suas próprias clientes, que são mulheres de classe média e média baixa; tomei um nojo imenso da Riachuelo”.

“Cortei totalmente essa loja da minha vida. Não piso mais lá de jeito nenhum”, acrescentou.

Por último, Juliana Mello, também em seu perfil social; afirma que “depois de saber do conluio dessa empresa Riachuelo com o golpe e com o discurso mais fascista que existe no cenário atual (MBL); não ponho mais meus pés nesta loja”.

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