- Um Conselho de Segurança da ONU sem a Alemanha, Japão, Brasil ou Índia, para não citar nações africanas ou muçulmanas, como membros permanentes irá, com o tempo, não apenas perder a legitimidade aos olhos do mundo, mas inibir seriamente ações efetivas. De qualquer forma, podemos ter algum mecanismo de ligação, talvez o status semi-permanente sem veto, para um conselho reformado. Mas isto deve ser feito - acrescentou.
Abrangente
Blair fez um discurso abrangente neste sábado em Davos, tratando da possível reforma no Conselho de Segurança da ONU, mudança climática e comércio internacional.
As grandes potências do comércio mundial devem chegar a um acordo para o comércio global dentro dos próximos meses, mas o acordo não é totalmente certo, segundo o premiê britânico.
- Acredito que, agora, é mais provável do que improvável, mas não é certeza de que vamos chegar a um acordo dentro de poucos meses. Os países estão se unindo, há uma retomada da energia política e iniciativa e um reconhecimento maior das horríveis conseqüências do fracasso - afirmou.
Blair afirmou também que uma grande evolução dos objetivos de longo prazo na questão de mudança climática pode estar próxima.
O primeiro-ministro acredita que esta evolução será possível graças a uma "mudança específica" na atitude dos Estados Unidos.
Blair parabenizou a chanceler alemã Angela Merkel, por concentrar o período que a Alemanha ocupa a presidência rotativa da União Européia na questão da mudança climática e o comprometimento da Índia e da China. E também citou a possibilidade de um novo acordo.
- A presidência alemã do G8 nos dá a oportunidade de concordar, pelo menos em princípio, com um novo acordo internacional obrigatório que entre em prática quando o Protocolo de Kyoto expirar em 2012 - disse.