Rio de Janeiro, 14 de Setembro de 2025

Confrontos entre opositores e polícia afetam eleição no Quênia

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Quinta, 26 de Outubro de 2017 às 08:34, por: CdB

Batalhões de choque patrulhavam Kibera e Mathare, duas favelas de Nairóbi, e nesta manhã cedo manifestantes atearam incêndios em Kibera

Por Redação, com Reuters - de  Kisumo:

Apoiadores da oposição do Quênia entraram em confronto com a polícia e colocaram fogo em barricadas montadas nas ruas, nesta quinta-feira, para contestar a repetição de uma eleição que deve reconduzir Uhuru Kenyatta à Presidência da principal potência econômica e política do leste da África.

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Apoiadores da oposição do Quênia entraram em confronto com a polícia e colocaram fogo em barricadas montadas nas ruas

Em Kisumu, cidade do oeste do país, jovens que atenderam a um pedido de boicote dos eleitores feito pelo líder opositor Raila Odinga atiraram pedras e foram recebidos com tiros de munição real; gás lacrimogêneo e canhões de água.

Um manifestante morreu e três ficaram feridos, segundo uma enfermeira local. À agência inglesa de notícias Reuters não encontrou nenhuma zona eleitoral aberta.

Batalhões de choque patrulhavam Kibera e Mathare, duas favelas de Nairóbi; e nesta manhã cedo manifestantes atearam incêndios em Kibera. Quase 50 pessoas foram mortas por forças de segurança desde a votação original de agosto, que Kenyatta venceu, mas que foi anulada pela Suprema Corte devido a irregularidades processuais.

A eleição está sendo acompanhada atentamente em todo o leste da África, que conta com o Quênia como polo comercial e logístico, e no Ocidente, que considera Nairóbi um anteparo contra a militância islâmica da Somália e os conflitos civis no Sudão do Sul e Burundi.

Embora tenham surgido tensões em alguns bastiões da oposição, em outras áreas a situação estava calma.

Eleição

O ministro do Interior, Fred Matiang‘i, disse à Citizen TV que as zonas eleitorais abriram em quase 90 % do país; incluindo Kiambu, onde Kenyatta votou.

– Estamos solicitando a eles (eleitores) humildemente que compareçam em grandes números – disse Kenyatta depois de depositar seu voto. “Estamos cansados; como país, de campanhas eleitorais, e acho que é hora de seguir em frente”.

Se alguns condados não conseguirem realizar eleições pode haver contestações legais à reprise eleitoral; e uma instabilidade de longo prazo na nação, já dividida por conflitos étnicos profundos.

Na quarta-feira, a Suprema Corte deveria julgar um pedido de adiamento da votação, mas não conseguiu se reunir porque cinco dos sete juízes não compareceram.

– A falta de quorum é altamente incomum para uma audiência da Suprema Corte e despertou sérias dúvidas entre os acionistas quenianos; inclusive sobre uma possível interferência política – disse um comunicado da União Europeia.

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