Rio de Janeiro, 14 de Setembro de 2025

Comunicado oficial do Mercosul pede equilíbrio e destaca intercâmbio comercial

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Sexta, 19 de Janeiro de 2007 às 19:36, por: CdB

A 32ª Reunião de Cúpula do Mercosul, no Rio, terminou nesta sexta-feira com a divulgação de dois comunicados. O principal deles, assinado pelos presidentes dos Estados Partes - Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela -, destaca o fato de que o intercâmbio comercial entre os países do bloco bateu recorde histórico em 2006. O texto ressalva, contudo, que é preciso alcançar "equilíbrio" entre os países do bloco.

A preocupação dos países menores do Mercosul, Paraguai e Uruguai, de reduzir as "assimetrias" no bloco também está registrada no texto. Segundo o documento, os presidentes "destacaram que as negociações do Mercosul devem resultar em benefícios tangíveis no que se refere à criação de comércio, com especial atenção para os interesses das economias menores do Mercosul".

Nesse sentido, os presidentes frisaram que está em preparação um "Plano para a Superação das Assimetrias no Mercosul" e saudaram a criação do Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (Focem). O primeiro projeto conjunto a ser financiado pelo Focem é o programa "Mercosul Livre de Aftosa".

O caráter "multidimensional" do Mercosul, indo além de um tratado de livre comércio rumo à construção de uma "identidade regional", é igualmente sublinhado.
O documento registra ainda a necessidade de buscar uma "conclusão bem-sucedida" para a Rodada Doha da Organização Mundial de Comércio, lembrando que os países do bloco podem agir conjuntamente a respeito no âmbito do G-20.

Os presidentes saúdam ainda a criação de um Observatório da Democracia no Mercosul, "mecanismo de defesa e promoção dos valores democráticos na região". O documento lembra que já funcionou nas eleições presidenciais do Brasil e da Venezuela em 2006 o "mecanismo de observação eleitoral do bloco".

O documento também destaca as iniciativas que vem sendo tomadas pelo bloco em temas como políticas sociais, educação, políticas de imigração e residência, integração financeira, energia e outros.

No segundo comunicado, que incorpora também os representantes dos Estados Associados - Chile, Peru, Equador, Colômbia e Bolívia -, os presidentes, e o chanceler do Peru, se comprometem a seguir aprofundando os vínculos do Mercosul com a Comunidade Andina (CAN) e o Chile.

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