Rio de Janeiro, 15 de Setembro de 2025

COI suspende provisoriamente COB e Nuzman após prisão de dirigente

Arquivado em:
Sexta, 06 de Outubro de 2017 às 08:01, por: CdB

Os pagamentos feitos ao Comitê Olímpico do Brasil serão congelados, afirmou o COI, acrescentando a punição não irá afetar atletas brasileiros

Por Redação, com Reuters - do Rio de Janeiro:

O Comitê Olímpico Internacional (COI) suspendeu provisoriamente nesta sexta-feira o Comitê Olímpico do Brasil (COB) e seu presidente, Carlos Arthur Nuzman, um dia após a prisão do dirigente em operação sobre suspeita de compra de votos na eleição que escolheu o Rio de Janeiro como sede olímpica.

nuzmam.jpg
Presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, deixa sede da Polícia Federal, no Rio de Janeiro

Os pagamentos feitos ao Comitê Olímpico do Brasil serão congelados, afirmou o COI, acrescentando a punição não irá afetar atletas brasileiros.

Individualmente, Nuzman foi provisoriamente suspenso de todos os direitos e funções como membro honorário do Comitê Olímpico Internacional.

Procurado pela agência inglesa de notícias Reuters, o COB não tinha um posicionamento de imediato sobre a suspensão.

MPF

As investigações sobre o esquema de compra de votos para a escolha do Rio de Janeiro; como sede olímpica descobriram que o pagamento de propina a membros do Comitê Olímpico Internacional (COI); superaram os US$ 2 milhões identificados inicialmente e que houve ao menos um pagamento adicional de US$ 500 mil; afirmou o Ministério Público Federal (MPF) na quinta-feira.

De acordo com o MPF, o presidente do Comitê Olímpico do Brasil, Carlos Arthur Nuzman; e o diretor-geral de operações do Comitê Rio 2016, Leonardo Gryner, que foram presos na quinta; tiveram envolvimento direto na intermediação dos pagamentos em troca de votos na eleição olímpica.

Nova provas

Novas provas apresentadas pelos investigadores indicam participação “bem mais relevante” do presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, no esquema de compra de votos para escolha do Rio como sede da Olimpíada de 2016; afirmou o juiz Marcelo Bretas no despacho em que decretou a prisão do dirigente nesta quinta-feira.

Nuzman, que foi preso pela PF em sua casa em um bairro de luxo do Rio; aparentemente atuou “direta e ativamente em negociação espúria” para que membros do Comitê Olímpico Internacional escolhessem a cidade brasileira para sediar a Olimpíada; segundo o magistrado.

Além disso, o dirigente mantinha recursos ocultos no exterior e só os declarou à Receita Federal; após deflagração da operação Unfair Play, incluindo 16 barras de ouro de 1 quilo cada depositadas na Suíça; acrescentou o juiz em seu despacho.

Tags:
Edições digital e impressa
 
 

 

 

Jornal Correio do Brasil - 2025

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo