Rio de Janeiro, 11 de Setembro de 2025

Ciro bate pesado em Bolsonaro e afirma que se trata de um fascista

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Segunda, 21 de Maio de 2018 às 12:23, por: CdB

Segundo Ciro Gomes, o ultradireitista Bolsonaro, "como fascista, tem dificuldade de lidar com o antagonismo”.

 
Por Redação - de São Paulo
  Pré-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT) condenou a intervenção militar na área de segurança pública no Rio de Janeiro. Ele também criticou as propostas do outro pré-candidato Jair Bolsonaro (PSL) de armar à população.
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Ciro Gomes, pré-candidato do PDT à Presidência da República, critica Bolsonaro
Para o ex-governador do Ceará, a medida tenderia a aumentar a escalada da violência. — Qual é o país do mundo que enfrentou isso (violência) expandindo o armamento? — questiona. Gomes falou ao site do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo e ao canal de TV SBT. — Quando um camarada promete distribuir armas é um banho de sangue — criticou.

'Bucha de canhão'

Para o pedetista, Bolsonaro (PSL) tem "soluções toscas e graves" no tocante à questão da segurança pública. Ainda segundo Ciro Bomes, o ultradireitista Bolsonaro, "como fascista, tem dificuldade de lidar com o antagonismo”. Caso ele seja eleito, afirmou, a crise deverá se agravar. Bolsonaro "nunca administrou um boteco dos pequenos”, alerta. Para Ciro, Bolsonaro seria o candidato "mais fácil" de derrotar em um eventual segundo turno. Ciro Gomes criticou, ainda, a intervenção militar no Rio. A ação, acrescentou, "não deu certo e nem pode dar”. — O traficante mora em Ipanema, no Leblon, na Barra e usa ali (nas favelas e na periferia) meia dúzia de buchas de canhão — denuncia.

Enfrentamento

O pré-candidato disse, ainda, que apesar da presença de as Forças Armadas fazerem a população se sentir "psicologicamente mais segura, "amanhã ou depois eles vão sair”. — Portanto, ela (a intervenção militar) não é a solução — adicionou. Para o ex-governador, é preciso promover um "grande entendimento nacional”. — É preciso trocar a lógica do enfrentamento — disse. Como propostas para a setor, Ciro Gomes afirmou que pretende criar um "sistema de segurança pública”; além de uma Polícia Nacional de Fronteiras, desvinculada da Polícia Federal.

Democracia

O também ex-ministro da Integração Nacional, no primeiro mandato do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não descarta deixar uma "porta aberta" para uma composição com o PSDB depois das eleições. — Eleitoralmente falando, é completamente disparatoso imaginar uma aliança minha com o PSDB. O que o PSDB acabou de fazer com o PMDB (na gestão do presidente de facto, Michel Temer) é tudo o que não concordo: antinacional; antipobre e antipovo — criticou. Mas, em após as eleições, o vencedor precisará conversar com toda a sociedade. — Acredito que, se eu ou o Geraldo [Alckmin, pré-candidato tucano] vencermos, o outro pode vir desejar boa sorte e trabalhar no futuro — concluiu.
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