As ondas gravitacionais foram detectadas pela primeira vez em 2015 e, desde então, cerca de 300 foram captadas pelos cientistas a partir da fusão de buracos negros.
Por Redação, com ANSA – de Washington
Observatórios de ondas gravitacionais detectaram a maior colisão de buracos negros já registrada na história da astronomia, que produziu um objeto final com massa 225 vezes maior que a do Sol.

O fenômeno foi captado pelos observatórios Virgo, nos arredores de Pisa, na Itália; Ligo, nos Estados Unidos; e Kagra, no Japão.
Trata-se do maior evento do tipo detectado por meio de ondas gravitacionais, ondulações no tecido do espaço-tempo provocadas por violentos fenômenos cósmicos envolvendo corpos superdensos, como buracos negros e estrelas de nêutrons.
As ondas gravitacionais foram detectadas pela primeira vez em 2015 e, desde então, cerca de 300 foram captadas pelos cientistas a partir da fusão de buracos negros.
Buracos negros
Os dois objetos em questão tinham massas aproximadamente 100 e 140 vezes maiores que a do Sol e giravam um em torno do outro a velocidades extremas, quase no limite do permitido pela Teoria da Relatividade Geral, de Albert Einstein.
– Buracos negros dessas dimensões são proibidos pelos modelos padrão de evolução estelar. Uma possibilidade é que os dois objetos tenham se formado por fusões anteriores de buracos negros menores – explicou Mark Hannam, chefe do Instituto de Exploração Gravitacional da Universidade de Cardiff, no Reino Unido.
– Mas cenários mais complexos podem ser a chave para decifrar essas características inesperadas – salientou o físico italiano Gregorio Carullo, da Universidade de Birmingham, na Inglaterra. Ambos participaram do estudo.