Em sua primeira reunião como presidente da Câmara, na próxima terça-feira, Arlindo Chinaglia (PT-SP) quer definir com os líderes partidários o aumento dos salários dos parlamentares. "Se a pauta permitir, na primeira semana (colocarei em votação no plenário)". A pressa é porque deseja "ficar livre desse assunto". O reajuste provocou polêmica no fim do ano passado, quando os parlamentares tentaram aprovar um aumento de quase 100% nos próprios salário. A discussão acabou sendo adiada para a legislatura que começou nesta quinta-feira.
Indagado se a iniciativa não teria repercussão negativa, Chinaglia disse que, talvez, vote antes algum outro tema importante. Mas insistiu que pretende aprovar em fevereiro o projeto que elevará o salário dos deputados dos atuais R$ 12,7 mil para cerca de R$ 16,7 mil- um reajuste que aplicará a inflação do período.
Sobre o desgaste provocado pelo reajuste, Chinaglia disse não acerditar que "a sociedade tenha uma visão vingativa contra os parlamentares".
- O deputado não é um cidadão comum. Ele tem poder de representação e tem poder para decidir sobre a vida das pessoas. O que a sociedade exige, com razão, são atitudes à altura do cargo - afirmou.