Rio de Janeiro, 16 de Setembro de 2025

Chávez quer nacionalizar petroleo do Orinoco até maio

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Quinta, 01 de Fevereiro de 2007 às 18:01, por: CdB

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse nesta quinta-feira que espera nacionalizar até o dia primeiro de maio parte dos consórcios petroleiros que operam na região do Rio Orinoco, onde está localizada a principal reserva petroleira venezuelana. Entre as companhias que operam na região do Orinoco e devem ser afetadas estão as multinacionais Chevron, ExxonMobil, Conoco Philips, Statoil e BP. Os quatro projetos dos quais participam essas companhias produzem 600 mil barris de petróleo cru por dia.

Falando em entrevista coletiva à imprensa, Chávez - que recebeu do Congresso esta semana poderes especiais para governar por decretos nos próximos 18 meses - também disse que uma de suas prioridades agora será nacionalizar, além dos consórcios petroleiros, as empresas do setor elétrico e de telefonia.

Ele disse que um dos primeiros decretos de nacionalização será o da empresa Eletricidade de Caracas e suas filiais.

- Faço leis para as maiorias e claro que algumas leis poderiam afetar uma minoria enriquecida. Foi um erro haver privatizado ou deixado em mãos privadas o setor elétrico -, afirma Chávez.

O presidente venezuelano garantiu que todos os acionistas da empresa serão indenizados.

- Será uma empresa estatal e de propriedade social -, explicou.

Petrobras

A Petrobras informou que as operações da empresa no país não serão afetadas pela decisão de Chávez de nacionalizar o setor, porque todos os projetos da estatal brasileira na Venezuela já são em parceria com a companhia do governo de Caracas, a PDVSA, e já estão adaptadas às novas regras, que exigem que a estatal venezuelana tenha o controle da operação.

A Petrobras "herdou" as operações na Venezuela quando adquiriu em 2002 a empresa argentina Pérez Companc.

Petrobras e PDVSA também têm um investimento conjunto para exploração de petróleo na Faixa do Orinoco (local visitado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em novembro do ano passado) e a construção de uma refinaria em Pernambuco, para o refino de petróleo pesado.
As duas empresas também estão fazendo estudos para analisar a viabilidade da construção, em conjunto, de um gasoduto para trazer gás da Venezuela ao Brasil.

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