O acordo de cooperação técnica para a reestruturação da Cedae foi assinado pelo governador Sérgio Cabral, o ministro das Cidades, Márcio Fortes, o presidente da Cedae, Wagner Victer, e o vice-governador e secretário de Obras, Luiz Fernando Pezão, em cerimônia realizada no Palácio Laranjeiras nesta sexta-feira. O Governo do Estado do Rio de Janeiro e a Cedae foram os primeiros a serem atendidos pelo PAC.
- Esse convênio com o Ministério das Cidades é exatamente a profissionalização da Cedae. Vamos priorizar São Gonçalo, Itaboraí e a Baixada Fluminense, que precisam ter um tratamento de esgoto e água para a população. Da mesma maneira, temos a parceria com o prefeito César Maia para o tratamento do esgoto na Zona Oeste do Rio - disse Cabral.
Sérgio Cabral afirmou que os recursos previstos pelo governo federal, em torno de R$ 1,2 bilhão ao longo deste ano, são suficientes. Ele explicou que a Cedae vai solicitar a liberação de verbas com o objetivo de finalizar obras fundamentais que estão inacabadas.
- Temos obras na Baixada Fluminense de R$ 80 milhões que podem ser concluídas com R$ 10 milhões. Em alguns municípios a população não consegue compreender porque não tem água se há uma estação de tratamento próxima de suas residências - observou o governador.
O ministro Márcio Fortes destacou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou total apoio ao Estado do Rio e entrosamento com o governador Sérgio Cabral. Fortes disse que o governo federal solicitou projetos na área de habitação, obras e reestruturação da Cedae. De acordo com o ministro, só não houve liberação de recursos para a Cedae antes porque até então a companhia nunca havia apresentado um único projeto ao governo federal.
Os recursos do acordo com a União, segundo o presidente da Cedae, Wagner Victer, serão aplicados prioritariamente em obras inacabadas, beneficiando regiões carentes, como a Baixada Fluminense e São Gonçalo.
- Escolhemos essas regiões junto com a Secretaria de Obras. O ministro deu prazo até quarta-feira para a apresentação dos projetos, mas vamos antecipar a entrega. Os projetos serão apresentados até o final de terça-feira, afirmou.
Victer destacou que há um tripé de condições para escolha das regiões onde serão aplicados os recursos oriundos do acordo: população de baixa renda, não ter sistema de abastecimento de água e não contar com coleta de esgotamento sanitário.
Victer afirmou ainda que a companhia vai dar prioridade também às obras do emissário da Barra da Tijuca e ao Programa de Despoluição da Baía de Guanabara. As obras seriam viabilizadas com os recursos oriundos dos Royaties e do Fecam (Fundo Estadual de Conservação Ambiental).
- Estamos conversando com o secretário de Fazenda, Joaquim Levy. Na Barra, vamos dar continuidade às obras do emissário submarino. Estamos trabalhando para que no primeiro trimestre parte do esgotamento da Bacia de Jacarepaguá possa ser escoada pelo emissário. Isso vai dar 900 litros por segundo, o equivalente a mais de 80 mil caixas d'água de esgoto, um Maracanãzinho de esgoto que vamos retirar das lagoas a cada três dias - avaliou.
Ainda segundo ele, a Cedae vai priorizar também na Barra da Tijuca, a implantação do elevatório de Marapendi, que beneficiará diversas regiões, incluindo, além de Marapendi, o Jardim Oceânico.
A parceria com o governo federal toma por base o planejamento estratégico desenvolvido em conjunto com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e abrange também a modernização administrativa e comercial da Cedae.
- Com isso voltamos a investir e temos uma oportunidade, com o apoio do governo federal, de começar a trabalhar a reestruturação da Cedae. Nesse processo de modernização, queremos investir na questão da redução de perdas, ampliar o parque de hidrometração que é muito antigo, e investir na melhoria do cadastro, para que a empresa possa oferecer projeto e se torne mais rentável, aumentando arrec