O presidente da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), Wagner Victer, afirmou nesta segunda-feira que o abastecimento deve ser normalizado no máximo em 24 horas na cidade de Lage do Muriaé, no noroeste fluminense.
Segundo Victer, 150 técnicos da Companhia continuam trabalhando na região para melhorar as condições da água do rio Muriaé, que foi prejudicado pela lama que vazou da mineradora Rio Pomba Cataguases, na cidade e Miraí, em Minas Gerais.
Victer destacou que os demais municípios do noroeste do Rio não tiveram o fornecimento de água cortado porque a Cedae aumentou o uso de produtos químicos no tratamento da água.
O presidente da Companhia disse ainda que hoje o setor jurídico da companhia deve entrar com ação indenizatória contra a mineradora.
Lama no fundo do rio aumenta risco de enchentes
A cidade de Miraí, que recupera-se de um lamaçal que cobriu 40% de sua área urbana, está atenta para as conseqüências caso o rio Fubá não seja desassoreado logo. Se a drenagem não for feita, aumentando a profundidade, a lama que permanece no fundo do rio pode facilitar enchentes.
Grande parte da lama proveniente da barragem da Mineradora Rio Pomba Cataguases ficou assentada no leito do rio. Desta maneira, sua profundidade diminuiu, facilitando que ele transborde, avançando sobre as margens.
Há outra possibilidade, mais extrema e descartada pelas autoridades, que trata da quantidade de água ao longo do curso do rio. Embora técnicos da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) ainda não tenham calculado o nível de assoriamento, a água poderia ocupar as margens definitivamente, aumentando o espelho d'água e, conseqüentemente, evaporando. A lama que que veio de Minas Gerais já chegou na cidade de Campos.
Cedae normaliza abastecimento em 24 horas no Rio
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Segunda, 15 de Janeiro de 2007 às 09:15, por: CdB