O número de vítimas pode aumentar, já que as operações de resgate ainda não terminaram. O veículo, que estava estacionado dentro do mercado, explodiu às 5h desta quinta-feira e destruiu várias bancas de venda, segundo fontes da polícia local.
Embora a Província de Wasit seja uma das mais tranqüilas da região de Bagdá e tenha ficado afastada da onda de violência que assola ao país, este é o segundo atentado na região em apenas dois dias.
Na quarta-feira, sete pessoas morreram e 21 ficaram feridas na explosão de dois artefatos em uma rua comercial de Sweira, 40 quilômetros ao sudeste da capital. No momento da explosão, após as 20h (15h de Brasília), várias lojas ainda estavam repletas de clientes.
Também nesta quinta-feira, forças iraquianas detiveram o vice-ministro iraquiano da Saúde Hakim al Zamili, acusado de ligação com corrupção e infiltração de membros das milícia xiitas que promovem a violência na capital, segundo informações do Exército americano.
Segundo um porta-voz do ministério, forças iraquianas e americanas prenderam Al Zamili, que apóia o clérigo radical xiita Mouqtada al Sadr, em seu escritório no norte de Bagdá.
A prisão ocorre um dia depois que William Caldwell, porta-voz do Exército dos EUA no Iraque, afirmou que um plano de segurança para deter os ataques na capital está em curso.
Al Zamili é apontado como responsável pela morte de diversas autoridades, entre elas o diretor-geral da Província de Diyala, ao nordeste de Bagdá, segundo o Exército.
Ele é acusado de chefiar um esquema de desvio de verbas que beneficiaria o grupo armado Exército de Mahdi, leal à Al Sadr, segundo um comunicado do Exército.
Os EUA também o acusam de empregos da milícia no Ministério da Saúde para que estes "facilitem seqüestros e assassinatos", de acordo com o comunicado.
Helicópteros
Autoridades americanas informaram nesta quinta-feira que um helicóptero de uma empresa privada de segurança na semana passada no Iraque.
Foi o sexto incidente de queda de helicóptero registrado no Iraque em apenas três semanas.
Registrada em 31 de janeiro, sem deixar vítimas, a queda da aeronave ocorreu perto de Bagdá, provavelmente após ser alvejada do solo.
Na segunda-feira, um helicóptero americano caiu em Al Karma, 40 quilômetros ao noroeste de Bagdá, aparentemente derrubado por fogo inimigo, disseram testemunhas.
Na sexta-feira passada, outro helicóptero foi derrubado na região de Taji, ao norte de Bagdá.
A rede terrorista Al Qaeda reivindicou a ação em um comunicado na internet.
Três outros helicópteros foram perdidos no Iraque desde o dia 20 de janeiro, incluindo um durante uma batalha perto de Najaf, matando os dois pilotos, e outro que caiu na Província de Diyala, matando 12 soldados que estavam a bordo. O Exército não confirmou a causa dos acidentes, mas relatos dão conta de que os helicópteros foram atacados por insurgentes.
No total, 28 pessoas morreram em quedas de helicóptero desde o final de janeiro. O aumento do nível da violência contra as tropas dos EUA, que pode indicar o surgimento de novas táticas insurgentes, acontece no momento em que as forças de coalizão começam a receber um reforço de 21.500 soldados americanos.