Na reta final para a escolha do novo presidente da Câmara dos Deputados, candidatos e partidos se movimentam para acertar os apoios ainda não declarados.
O PDT se reúne na terça-feira para definir seu candidato. A tendência é de que os 24 parlamentares que compõem a bancada apóiem um dos dois candidatos da base governista - o atual presidente, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), e o líder do Governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP).
O candidato da terceira via, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), vai fazer corpo-a-corpo junto a parlamentares nesta última semana - a eleição é no dia 1 de fevereiro, quinta-feira - para detalhar suas propostas para a gestão nos próximos dois anos.
O Deputado Aldo Rebelo passa a semana em Brasília intesificando os contatos com parlamentares. A agenda de Chinaglia até o dia da eleição também será dedicada a contatos com deputados pessoalmente ou por telefone de seu gabinete em Brasília.
Aldo Rebelo, candidato à reeleição, tem apoio assegurado de seu partido, o PCdoB, do PSB e do PFL. Já Arlindo Chinaglia recebeu o apoio público do PT, do PP, do PTB, do PMDB e do bloco PL-Prona-PSC. Gustavo Fruet conta com o apoio do PPS e do PSDB.
Os três candidatos elaboraram carta compromisso para os dois anos de mandato. No documento de Chinaglia, é ressaltada a importância de se reverter a imagem da Câmara dos Deputados, "desgastada" perante a sociedade.
- Tendo como norte as necessidades e direitos do povo brasileiro e a legitimidade de todos os nossos mandatos, é preciso trabalhar intensamente para que a Câmara dos Deputados recupere seu pleno prestígio e autoridade - afirma Chinaglia.
Ele diz ainda que um de seus objetivos é dar prioridade às iniciativas dos parlamentares, a começar pelos projetos de lei.
Já Aldo, em sua carta compromisso, afirma que a "Câmara dos Deputados deve colocar-se à altura do enfrentamento dos verdadeiros obstáculos ao desenvolvimento do país ou se tornará prisioneira da fragmentação e dos interesses dispersos das corporações públicas e privadas". Ele defende a votação das reformas políticas e tributária e mudanças no rito de tramitação de medidas provisórias.
- O Parlamento não pode continuar refém das medidas provisórias. O atual sistema causa desequilíbrio entre os Poderes - alerta.
O deputado Gustavo Fruet também defende a mudança na edição das medidas provisórias; o voto aberto no Parlamento e a criação de uma Comissão Permanente de Normas e Projetos "que possa fixar prazos diferenciados para a rápida tramitação de matérias de impacto nacional e permita elaborar proposições que restituam ao Legislativo a iniciativa em temas importantes para o país".