Em nota, no Twitter, o candidato Fernando Haddad (PT) cobra medidas imediatas contra os agressores e abomina a violência política, em curso no país.
Por Redação, com agências de notícias - de Fortaleza
A polícia cearense ainda não identificou os autores do assassinato de um jovem de 23 anos, a tiros, durante uma carreata a favor do presidenciável Fernando Haddad (PT) em Pacajús, na região metropolitana de Fortaleza. Testemunhas alinham o crime à campanha de ódio disseminada pela candidatura neofascista de Jair Bolsonaro (PSL).
Charlione foi morto a tiros, por seguidores de Jair Bolsonaro, segundo testemunhas do crime
Em nota, no Twitter, o candidato Fernando Haddad (PT) cobra medidas imediatas contra os agressores e abomina a violência política, em curso no país.
“É inadmissível o assassinato de um jovem, Charlione Lessa Albuquerque, que participava de carreata da minha campanha em Pacajus. Ele estava no carro com a mãe celebrando a democracia e acabou morto. É preciso apuração e punição rápida. À família, toda minha solidariedade”, afirmou Haddad.
Motivações políticas
Segundo a apuração policial, Charlione Lessa Albuquerque estava dentro de um carro quando homens se aproximaram em um moto, efetuaram disparos e fugiram em seguida. Uma outra versão, no entanto, publicada pela mídia local, informa que um homem desceu de um outro veículo, se aproximou do carro onde estava a vítima, e atirou várias vezes antes de fugir.
Nem a Polícia Militar ou a Polícia Civil confirmam as motivações do crime, mas há evidências de que se trata de um crime com motivações políticas. Responsáveis pela investigação, os policiais civis informaram que a vítima foi seguida por algumas horas antes do assassinato.
Ódio e intolerância
Charlione era servente de pedreiro em Fortaleza e estava no carro com a sua mãe, Regina Lessa, secretária nacional da Mulher Trabalhadora da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Vestuário da CUT (CNTRV/CUT). Os assassinos ainda não foram identificados.
Em nota, o PT lamentou o crime, afirmando que "Charlione é vítima desta política de propagar o ódio, a intolerância e a violência que nós estamos combatendo nessas eleições".
"Exigimos das autoridades rigor nas investigações para que este atentado não fique impune e que não volte a se repetir. Nós, jovens militantes que acreditamos numa sociedade construída na tolerância, na paz e no amor, permaneceremos nas ruas e amanhã inundaremos as urnas dos nossos sonhos que certamente eram os sonhos de Charlione.
“Não irão nos amedrontar! Não temos tempo para ter medo!
Charlione, Presente!", encerra a nota.