Rio de Janeiro, 25 de Julho de 2025

Campanha de Moro naufraga e aliados o abandonam à própria sorte

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Quarta, 16 de Março de 2022 às 11:41, por: CdB

Desde que vieram à tona os comentários de cunho sexista do deputado Arthur do Val sobre mulheres ucranianas, a campanha de Moro, que não decolou, entrou em declínio, sob pressão dos adversários. Foi o segundo desgaste, em menos de um mês, provocado por aliados do ex-juiz - mas que viraram agenda negativa e exigiram posicionamento público dele.

Por Redação, com OESP - de São Paulo
Abatido e com desempenho pífio nas pesquisas de opinião; em plena crise com o Movimento Brasil Livre (MBL), o ex-juiz suspeito e incompetente da Operação Lava Jato Sérgio Moro, pré-candidato do Podemos à Presidência, tem buscado alternativas para seguir adiante na corrida presidencial. Moro tem pedido para aparecer em programas conservadores e tenta levar influenciadores digitais que abandonaram o presidente Jair Bolsonaro (PL) a o apoiar.
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Campanha do ex-juiz suspeito e incompetente Sérgio Moro patina nas pesquisas de opinião
Desde que vieram à tona os comentários de cunho sexista do deputado Arthur do Val sobre mulheres ucranianas, a campanha de Moro, que não decolou, entrou em declínio, sob pressão dos adversários. Foi o segundo desgaste, em menos de um mês, provocado por aliados do ex-juiz - mas que viraram agenda negativa e exigiram posicionamento público dele. O primeiro havia sido uma declaração crítica à criminalização do partido nazista, feita pelo deputado Kim Kataguiri (SP). — Esse episódio (da Ucrânia) foi lamentável. Eu manifestei de pronto em repúdio aquelas declarações inaceitáveis, o deputado se afastou tanto da construção da candidatura dele, como também do próprio MBL e do Podemos. Não vejo como isso possa sinceramente afetar nada — afirmou Moro.

Marasmo

Embora o ex-ministro da Justiça diga que está tudo em paz na sua relação com o MBL, na prática não é bem assim. Moro não quis rifar o apoio do grupo por completo, mas começou a isolar os cabeças do movimento de discussões da campanha, numa tentativa de contenção de danos. Um grupo de WhatsApp que reúne o “Conselho Político” e tinha membros do MBL vive em marasmo desde o episódio com Arthur do Val. Dois integrantes do MBL abandonaram o grupo no aplicativo: Renan Santos e Adelaide Oliveira. Arthur Do Val continua e por isso as discussões se tornaram escassas ou superficiais. O pré-candidato do Podemos está montando um grupo paralelo para refletir melhor seu real conselho político, com nomes como os senadores Álvaro Dias (PR) e Oriovisto Guimarães (PR), a deputada Renata Abreu (SP), presidente nacional do partido, e o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo.

Evangélicos

Na véspera, segundo o diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo (OESP), Moro jantou em Brasília com a bancada de senadores do Podemos e alguns integrantes do conselho para discutir a situação da campanha e analisar os cenários, de olho no fim da janela para mudança de partido e filiações, que se encerra em 2 de abril. Antes do jantar reservado, Moro fez visitas institucionais, uma atividade de campanha que tem tomado boa parte de sua agenda. Ele visitou reitores de entidades filantrópicas e confessionais, tentando aproximar-se do terceiro setor e da base religiosa do presidente Bolsonaro. Passou três horas discursando e respondendo às perguntas dos reitores. Para superar o esvaziamento político nessas reuniões, Moro tenta deixar seu nome em evidência com entrevistas, presenciais ou remotas. No início desta semana, o ex-juiz apostou em direcionar seu discurso para um público de apoiadores digitais de Bolsonaro.
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