O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, disse nesta quarta-feira que não vai tolerar a atuação de grupos armados que vendem segurança a moradores e comerciantes em várias comunidades do estado. Segundo ele, o Estado formal não pode permitir a existência de um Estado paralelo, seja comandado pelo tráfico ou por milícias.
- Imagina seu eu vou tolerar milícia, isso é o fim do mundo. Quem estabelece a ordem e a legalidade é o Estado, não é a milícia. Não vamos aceitar isso em hipótese alguma -, disse.
Cabral defendeu a garantia dos direitos da população por meio de leis e da segurança pública e disse que a situação caótica principalmente nas comunidades carentes que vivem o controle das milícias foi causada pela ausência do estado em áreas fundamentais, como social e saúde. Ele citou o exemplo de Bogotá, na Colômbia, que, segundo ele, vive uma crise em questões de segurança por ter sido permitida a atuação de grupo paramilitares.
- A situação ficou fora de controle, você não pode permitir que pessoas sem representar o Estado estabeleçam o que pode e o que não pode na comunidade -, afirmou.
Nesse sentido, o governador informou que a Secretaria de Segurança Pública vai determinar a retirada o portão que modificou o acesso à comunidade da Vila Joaniza, na Ilha do Governador, impedindo a passagem de carros em uma das principais vias de acesso. O portão teria sido instalado pelas milícias que atuam na região para dificultar a invasão da comunidade por traficantes.
Cabral diz que não vai tolerar ação de milícias no Rio
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Quarta, 07 de Fevereiro de 2007 às 14:56, por: CdB