O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, pediu ao Congresso que não descarte de antemão a sua nova estratégia para o Iraque, criticada pela oposição democrata e por um importante setor republicano, ao mesmo tempo em que advertiu os parlamentares que "quem toma as decisões sou eu".
- Escolhi um plano que, creio, é o que tem mais chances de ter êxito no Iraque - disse o presidente em uma coletiva à imprensa na Casa Branca, depois de se reunir com seus principais assessores militares.
Bush está na defensiva depois de anunciar suas intenções de enviar outros 21 mil soldados ao Iraque para controlar a violência étnica crescente no país ocupado, em particular em Bagdá e arredores.
O anúncio foi recebido com duras críticas pela oposição democrata, que agora controla a maioria nas duas Câmaras do Congresso, depois da derrota republicana nas eleições de novembro último.
Esta semana o Comitê de Relações Exteriores do Senado aprovou uma resolução, não vinculante, que afirma que o envio de mais soldados ao Iraque "não está dentro dos interesses de segurança nacional dos Estados Unidos".
A resolução, que na semana que vem passará para o plenário do Senado e que contou até com o voto favorável de um legislador republicano, aborreceu Bush, que hoje afirmou que "no Congresso alguns estão condenando um plano antes de ter a oportunidade de ser posto em prática".
- Uma das coisas que verifiquei no Congresso é que a maioria das pessoas reconhece que um fracasso no Iraque seria um desastre para os Estados Unidos (...) e, nesse sentido, sou eu que tomo as decisões para evitar esse fracasso. (...) Tive que buscar uma saída para evitar esse fracasso - afirmou Bush.
As tropas norte-americanas já perderam mais de 3 mil soldados no Iraque desde a invasão iniciada em março de 2003, como parte da campanha contra as organizações terroristas internacionais, após os atentados de 11 de setembro de 2001 contra o Pentágono e as Torres Gêmeas de Nova York.