A remessa de dinheiro de brasileiros que vivem na Alemanha, via Banco do Brasil, aumentou em 20% entre 2005 e 2006. O gerente-geral da agência de Frankfurt atribui parte do crescimento ao Mundial de futebol. A seleção brasileira de futebol está, de fato, entre os poucos que não guardam boas recordações da Copa do Mundo de 2006. Os investimentos no Mundial da Alemanha aqueceram a economia do país de tal maneira que, passados seis meses do término da competição, os resultados continuam a aparecer.
E se a Alemanha faturou com o Mundial, os imigrantes que trabalham no país saíram ganhando também. De acordo com um balanço extra-oficial da agência do Banco do Brasil (BB) em Frankfurt, apresentado à DW-WORLD, a remessa de dinheiro dos brasileiros que vivem na Alemanha passou de 30 milhões de reais em 2006.
Mais brasileiros
Emir Rutsatz, gerente-geral do Banco do Brasil em Frankfurt disse que 90% do volume transferido pelos brasileiros no ano passado - algo em torno de 28 milhões de reais - se deu através do Remessa fácil, um sistema criado pelo BB em 1998 para facilitar o envio de dinheiro ao Brasil.
- Só pelo Remessa Fácil, tivemos quase 14 mil envios em 2006. Hoje, quase sete mil brasileiros já utilizam este serviço na Alemanha.
Ainda de acordo com o gerente, o envio de dinheiro por pessoa física, entre os dois países, sempre gera uma vantagem para o Brasil.
- De lá para cá (do Brasil para a Alemanha), eu diria que foram enviados valores em torno de apenas 10% dos 28 milhões de reais enviados daqui para lá (da Alemanha para o Brasil) - compara Rutsatz.
Segundo dados do Banco Interamericano de Desenvolvimento, em 2004 a remessa de dinheiro de imigrantes para a América Latina chegou a US$ 45,8 bilhões. Estima-se que 25 milhões de latino-americanos estejam vivendo fora de seus países de origem. Como cresce o número de imigrantes, pressupõe-se que a remessa de dinheiro siga em alta.