Rio de Janeiro, 11 de Setembro de 2025

Brasil torce para EUA elevarem os juros o mais devagar possível

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Domingo, 19 de Novembro de 2017 às 15:22, por: CdB

Segundo os presidente do Banco Central, mudanças na direção do Fed podem ter consequências nos juros, no Brasil.

 

Por Redação, com Reuters - de Berkeley - CA-EUA

 

Presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn afirmou esperar que o Federal Reserve continue a elevar a taxa de juros dos Estados Unidos de forma gradual. O movimento mais lento permitiria que o cenário relativamente benigno para o Brasil seja mantido.

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Ilan Goldfajn, presidente do BC, avalia que há espaço para queda nas taxas de juros

— Se continuarmos a ver as coisas se normalizando de maneira gradual, acho que ficará bem — disse Goldfajn, em entrevista à agência inglesa de noitícias Reuters, na noite passada. Ele falou após conferência na Universidade da Califórnia.

Previdência

Para o presidente do BC brasileiro, Jerome Powell, indicado pelo presidente norte-americano Donald Trump para suceder Janet Yellen como chair do Banco Central dos EUA, em fevereiro, deve continuar a elevar os juros gradualmente; o que “será bom para os mercados emergentes”.

— Se virmos as coisas... menos gradual e mais intensas; seja vindo do lado fiscal ou qualquer outro fator que leve a inflação a subir mais do que o esperado, aí será uma trajetória mais turbulenta à frente. Mas o cenário central é de que será gradual — disse Goldfajn.

Goldfajn voltou a reiterar a importância da aprovação da reforma da Previdência para colocar as contas fiscais do Brasil em ordem.

— Ela pode ser feita este ano, ou no próximo. Mas acho que quanto antes melhor. A reforma da Previdência será muito importante para nos proteger de qualquer turbulência inesperada à frente. O crucial é que a reforma da Previdência seja aprovada, ou pelo menos parcialmente aprovada — disse ele.

Queda nos juros

O presidente do BC repetiu ainda que para a próxima e última reunião do Copom no ano, em dezembro, vê como adequada redução moderada no ritmo de afrouxamento dos juros básicos.

— Mas isso depende das condições da economia — destacou ele, novamente.

Em seu último encontro, o BC desacelerou o ritmo de queda da Selic com um corte de 0,75 ponto percentual; levando a taxa básica de juros a 7,50% ao ano. E mantendo o cenário aberto para agir conforme o panorama do momento.

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