Rio de Janeiro, 18 de Setembro de 2025

Brasil está voltando para 'o trilho do desenvolvimento', diz Temer

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Sábado, 02 de Setembro de 2017 às 08:30, por: CdB

Em seu discurso, Temer lembrou que há um ano falou a empresários chineses em Xangai sobre a agenda de reformas do seu governo para recuperar a economia

Por Redação, com ABr - de Xiamen, China:

Nos dois últimos dias, Temer teve reuniões com o presidente Xi Jinping, com o primeiro-ministro Li Keqiang e com o presidente da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, Yu Zhengsheng, além dos presidentes das gigantes do setor elétrico State Grid Corporation of China e China Three Gorges Corporation, da empresa de telecomunicações Huawei e do grupo empresarial HNA.

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O presidente de facto Michel Temer se encontra com Sun Yafang, presidente do conselho da Huawei (Isac Nóbrega/PR)

Em seu discurso, Temer lembrou que há um ano falou a empresários chineses em Xangai sobre a agenda de reformas do seu governo para recuperar a economia. “Pois, hoje, passados 12 meses, posso dizer-lhes que a missão está sendo cumprida. O Brasil está de volta e aguardando os empresários chineses”, acrescentou.

Temer e os ministros do Planejamento, Dyogo Oliveira, dos Transportes, Maurício Quintella, da Agricultura, Blairo Maggi, de Minas e Energia; Fernando Coelho Filho, da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, apresentaram os projetos de investimento; principalmente o pacote de concessões e privatizações de aeroportos, portos, rodovias e linhas de transmissão lançado na semana passada pelo governo.

O presidente de facto voltou a comentar resultados recentes da economia: “Só para registrar, dados muito recentes revelam que no ano passado o PIB (Produto Interno Bruto) foi negativo no Brasil. Mas neste ano, no primeiro trimestre, foi de 1% e, logo agora, neste segundo semestre, mais 0,2%. Portanto, recuperação do PIB brasileiro em pouquíssimo tempo”.

Temer também falou da taxa básica de juros da economia, a taxa Selic; que passou de mais de 14% para 9,25%. “A indicar que até o final do ano talvez estejamos em 7[%], 7,5%. Segundo dizem os analistas”, disse. “Eu confesso que fizemos tanto nesses 15 meses que nem parece que se passaram apenas 15 meses desde que assumimos o governo”.

Investidores

Aos investidores, Temer disse que podem encontrar no Brasil oportunidades seguras para negócios. “Nós temos, agora, um novo modelo para concessões e privatizações. É um modelo mais previsível e mais racional, que fortalece a segurança jurídica. Porque nenhum empresário aplica ou quer aplicar se não obtiver a segurança jurídica para o seu investimento”.

Segundo a Presidência brasileira, o vice-primeiro-ministro da China, Wang Yang, disse neste sábado, durante encontro com Temer; que há interesse das empresas chinesas em participar dos leilões programados do Programa de Parcerias de Investimento, principalmente em áreas como energia e transportes.

No domingo, Temer viaja para a cidade chinesa de Xiamen; onde vai participar da 9ª cúpula de chefes de Estado e de Governo do Brics (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) até a próxima terça-feira.

Atos

No seminário, foram assinados oito atos empresariais; entre eles o termo de ratificação dos acordos para implantação do parque siderúrgico entre o governo do Maranhão; e a China Brazil Xinnenghuan International Investment (CBSteel) e o protocolo de intenções entre a Itaipu e a China Three Gorges Corporation para desenvolver ações conjuntas de pesquisa nas áreas de energia renovável.

Na ocasião, foi firmado o memorando de entendimento entre o Fundo de Investimento em Participações em Infraestrutura; e a China Communication Construction Company para a aquisição do Terminal Graneleiro de Babitonga, em Santa Catarina.

Acordo

Acordo de cooperação entre a Petrobras e o China Development Bank e o memorando de entendimento para cooperação; entre o Banco do Brasil e o Industrial Commercial Bankof China também foram assinados.

Brasil e China firmaram na sexta-feira 14 atos internacionais. Três deles são acordos bilaterais entre os dois governos e os outros são acordos privados e interinstitucionais; que podem gerar negócios e investimentos futuros no Brasil.

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