Carlos Alberto Ferreira Braga, o Braguinha, foi velado na Câmara Municipal do Rio, nesta segunda-feira, de onde o corpo seguiu para o cemitério São João Batista, na Zona Sul do Rio. O músico - eleito pela crítica o artista mais consagrado do país e com a maior produção musical da história brasileira - morreu neste domingo, aos 99 anos, no hospital Pró-Cardíaco, por falência múltipla dos órgãos, causada por uma infecção generalizada. Autor de sucessos carnavalescos como Chiquita Bacana, Yes, Nós Temos Bananas, Linda Lourinha e As Pastorinhas, além de Carinhoso (em parceria com Pixinguinha), o poeta imortalizou o estilo de vida do carioca em Copacabana (com Alberto Ribeiro).
Braguinha foi um dos grandes nomes Época de Ouro do carnaval carioca, nos anos 30, quando também ficou conhecido como João de Barro, pseudônimo adotado porque seu pai o proibiu de ligar o nome da família à música popular. Ao todo, Braguinha compôs mais de 500 canções, entre marchinhas carnavalescas, valsas e sambas-canção. O músico para à História também como um dos maiores compositores de músicas infantis, incluindo as versões que fez para temas dos desenhos de Walt Disney, no cinema.
Diretor de gravadora e autor de trilhas de cinema, em 1984 Braguinha foi o tema de enredo campeão da Mangueira que, em nota divulgada nesta segunda-feira, lamentou a morte do artista.