Rio de Janeiro, 12 de Setembro de 2025

Bombeiros encontram primeira vítima de acidente no metrô

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Segunda, 15 de Janeiro de 2007 às 09:52, por: CdB

Após 60 horas de trabalho, os bombeiros encontraram o corpo da primeira vítima da tragédia no metrô de São Paulo. É o da aposentada Abigail Rossi de Azevedo, de 75 anos, que caminhava na rua vizinha à cratera depois de uma consulta médica. Ela foi levada pelo desmoronamento.

Segundo as autoridades, seis pessoas ainda estão desaparecidas sob toneladas de terra, num solo instável, encharcado, com risco de novos desmoronamentos. O governador de São Paulo, José Serra, admitiu, no fim da noite deste domingo, que considera pouco provável que haja sobreviventes no local onde ocorreu o desmoronamento das obras do metrô.

Nesse domingo, uma das frentes da equipe de resgate, que trabalha dentro do túnel, conseguiu visualizar, em dois momentos, parte do microônibus da empresa Transcooper que está desaparecido desde sexta-feira. No entanto, dois deslizamentos impediram nova visualização do microônibus e suspenderam, temporariamente, essa frente de trabalho, até que se estude uma nova alternativa para a retirada do veículo.

"Na verdade, se não fosse a van e as possíveis vítimas, isso já teria sido tudo preenchido e o trabalho começaria de novo. Mas isso não pode ser feito até o resgate das vítimas", afirmou o governador.

A equipe de resgate do Corpo de Bombeiros trabalha com a hipótese de que sete pessoas ainda estejam desaparecidas: o motorista, o cobrador e dois passageiros de um microônibus que fazia a linha Casa Verde-Pinheiros, o motorista de um caminhão que trabalhava na obra e um pedestre que passava pela Rua Capri no momento do acidente.

A equipe de Defesa Civil informou que mais duas casas, as de número 87 e 187 da Rua Capri, terão de ser demolidas, somando-se ao estacionamento e à casa de número 162 já demolidos no sábado.

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, disse que as duas pistas da Marginal Pinheiros, sentido Santo Amaro-Castelo Branco continuariam interditadas.

As famílias ainda têm esperança
  
Helenilda, mãe do cobrador Wescley Adriano da Silva, que estava no microônibus que caiu na cratera em São Paulo, afirmou hoje que sabe que o filho está bem. "Tenho certeza que ele e as pessoas que estão lá embaixo estão bem", disse, pedindo para que todos tenham pensamento positivo. A mãe do desaparecido desceu nesta segunda-feira até um local próximo ao buraco.
 
O edifício Passarelli está sendo liberado neste manhã, depois de ter sido interditado, junto com outros 54 imóveis. O prédio se localiza na avenida Nações Unidas.

O governador de São Paulo, José Serra, afirmou na noite deste domingo, que considera pouco provável que haja sobreviventes no local onde ocorreu o desmoronamento das obras do metrô. Ao visitar o local pela terceira vez, ele fez elogios ao trabalho de resgate dos bombeiros.

Moradores desalojados assinam laudos

Os proprietários das 55 casas interditadas pela Defesa Civil, próximas à cratera da Marginal Pinheiros, poderão acompanhar a vistoria dos imóveis, que começa nesta segunda-feira, e irão assinar o laudo da prefeitura.

Na noite de domingo, a defesa realizou reuniões em hotéis onde estão hospedadas as 132 pessoas desalojadas após o acidente em Pinheiros por conta do risco de novos desabamentos. Duas casas foram demolidas.

Segundo a assessoria de Imprensa da Defesa Civil informou que o clima durante os encontros foi calmo. - O trabalho, agora, é de liberação dessa área (interditada) - disse o coronel Jair Paca de Lima, coordenador-geral da Defesa Civil.

CPI do Metrô vai ser pedida

Um pedido de CPI do Metrô vai ser apresentado pelo PT à Assembléia Legislativa de São Paulo assim que os trabalhos na Casa forem retomados. - Os prejuízos da nova tragédia não afetam só a economia ela pode ter deixado vítimas fatais, e isso exige uma CPI - disse Simão Pedro (PT-SP).

O deputado estadual é presidente da Comissão de Servi

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