Em uma rede social, o prefeito democrata de Nova York, Bill De Blasio escreveu que Bolsonaro "aprendeu do jeito mais difícil" que os nova-iorquinos "não se deixam cegar pela opressão".
Por Redação, com agências internacionais - de Nova York, NY-EUA
Prefeito de Nova York, Bill De Blasio comemorou, neste sábado, a decisão do presidente Jair Bolsonaro de não viajar à cidade para receber uma homenagem da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. Além do prefeito, o senador democrata Brad Hoylman (NY) também festejou a derrota do mandatário neofascista.
Presidente Jair Bolsonaro, segundo De Blasio, "aprendeu do jeito mais difícil" que não se deve promover o racismo e a homofobia
Em uma rede social, o democrata De Blasio escreveu que Bolsonaro "aprendeu do jeito mais difícil" que os nova-iorquinos "não se deixam cegar pela opressão". "Nós chamamos atenção para sua intolerância. Ele fugiu. Não estou surpreso, valentões geralmente não aguentam", disse, acrescentando que o "ódio" de Bolsonaro "não é bem-vindo" em Nova York.
"O assalto de Bolsonaro aos direitos LGBTQ e seus planos destrutivos para nosso planeta se refletiram em muitos líderes, incluindo em nosso país. Todos devem se levantar, falar e lutar contra esse ódio imprudente", ressaltou o prefeito.
Ataques
De Blasio já havia pedido para o Museu de História Natural de Nova York não sediar a homenagem a Bolsonaro, que acabou transferida para um hotel. Além disso, três empresas - Delta, Bain & Company e Financial Times - cancelaram patrocínios para o evento. A decisão de desistir da viagem foi anunciada na noite desta sexta-feira.
Em nota, Bolsonaro disse que foi alvo "da resistência e dos ataques deliberados do prefeito de Nova York". "Ficou caracterizada a ideologização da atividade", diz uma nota do porta-voz Otávio Rêgo barros.
O jantar de gala da Câmara de Comércio Brasil-EUA está marcado para 14 de maio e será realizado, mesmo sem a presença do brasileiro.
Militares
Para alguns aliados de Bolsonaro, a ala militar do governo e a ação de alguns executivos da Câmara de Comércio Brasil-EUA foram os principais responsáveis pelo cancelamento da viagem a Nova York.
Em seu perfil, no Twitter, o senador norte-americano Brad Hoylman celebrou a notícia de que Bolsonaro desistiu de ir a Nova York para homenagem no Marriot Marquis. Ele disse, em seu Twitter:
"VITÓRIA: Denunciamos o presidente homofóbico do Brasil Jair Bolsonaro e vencemos. De acordo com as notícias brasileiras, ele se retirou do evento no Marriott Marquis e cancelou sua viagem aos EUA. O ódio não tem vez em Nova York. #CancelBolsonaro”, escreveu.
Astrólogo
Quem não gostou da atitude de Bolsonaro foi o guru da família dele, o astrólogo
Olavo de Carvalho. Em nota, nas redes sociais, Carvalho fez críticas a ele por ter desistido de comparecer à cerimônia de entrega do prêmio de ‘Personalidade do Ano’, após sofrer diversas pressões.
O astrólogo disse que, no lugar de Bolsonaro, “meteria no prefeito um processo exigindo indenização bilionária e proibiria o ingresso dos aviões da Delta no Brasil”, disse.
“Não sou consultor do presidente Bolsonaro, mas se eu fosse o próprio, não desistiria de receber a homenagem em NY: meteria no prefeito um processo exigindo indenização bilionária e proibiria o ingresso dos aviões da Delta no Brasil. Em seguida entraria em NY sob aplausos gerais”, concluiu.