Rio de Janeiro, 17 de Junho de 2025

Bolsonaro chora em solenidade militar com clima de despedida

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Segunda, 05 de Dezembro de 2022 às 13:42, por: CdB

Foram à solenidade ministros militares como Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Paulo Sérgio Nogueira (Defesa) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência); além do ex-ministro Braga Netto e os comandantes Freire Gomes (Exército), Baptista Júnior (Aeronáutica) e Almir Garnier (Marinha).

Por Redação - de Brasília
Recluso, deprimido e muito emotivo desde que perdeu o segundo turno das eleições para o líder popular Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem faltado ao trabalho e recusa-se a aparecer em público. Nesta segunda-feira, porém, participou de uma solenidade de promoção, em tom de despedida, e não conseguiu conter as lágrimas, durante os cumprimentos de Oficiais Generais das Forças Armadas, ao lado da mulher, Michelle Bolsonaro.
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O presidente em fim de mandato, Jair Bolsonaro (PL), não conteve as lágrimas durante solenidade com ares de despedida
Sempre com cara de ‘poucos amigos’, Bolsonaro posou para fotos e cantou o hino nacional, mas não fez o discurso previsto e se limitou a cumprimentar os oficiais promovidos, enquanto enxugava as lágrimas ao ser cumprimentado pelos participantes do encontro. Foram à solenidade ministros militares como Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Paulo Sérgio Nogueira (Defesa) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência); além do ex-ministro Braga Netto e os comandantes Freire Gomes (Exército), Baptista Júnior (Aeronáutica) e Almir Garnier (Marinha).

Resultado

Vice-presidente da República, o general Hamilton Mourão, senador eleito pelo Republicanos do Rio Grande do Sul, não esteve presente à solenidade militar, depois de afirmar na semana passada que os seguidores de Bolsonaro (PL), que promovem cenas copiosas em frente aos quartéis do país, devem aceitar a vitória do futuro presidente. — Está chegada a hora de as pessoas compreenderem que ele foi eleito e agora tem de governar — afirmou. Desde a divulgação do resultado do segundo turno, apoiadores do chefe do Executivo têm protestado na frente as unidades militares e em rodovias contra o resultado das urnas. Mourão defendeu as manifestações, alegando que as pessoas estão demonstrando seu “inconformismo” com o processo eleitoral”. — Em primeiro lugar, as pessoas que estão nas ruas se manifestando de forma ordeira e pacífica, e muitas vezes sendo taxadas de golpistas e antidemocráticas, estão externando seu inconformismo com um processo eleitoral que teve os seus vícios. O principal vício ocorreu quando a Suprema Corte simplesmente anulou todos os processos aos quais o ex-presidente Lula foi submetido, julgado e condenado. É algo que, na minha visão, foi uma manobra jurídica que permitiu que o ex-presidente voltasse ao jogo — acrescentou o vice.

Golpe

Mourão alegou, ainda, que uma intervenção militar no dia ou antes da posse de Lula seria uma medida “extrema”, para a qual “não há uma causa”. — (Um golpe de Estado) é um movimento que não pode acontecer porque as consequências para essa mesma população que está na rua protestando seriam terríveis. É importante que as pessoas compreendam que não temos liberdade de manobra para uma ação fora do que prevê a Constituição. Isso redundaria em sanções contra o nosso País e, consequentemente, desvalorização da nossa moeda e aumento de juros e inflação, uma situação muito difícil — afirmou. Sobre a passagem da faixa presidencial, Mourão voltou a negar a possibilidade de Bolsonaro renunciar ao final do ano para escapar da cerimônia. — Pelo que sei, o presidente não irá passar a faixa e também não irá renunciar. Consequentemente, alguém colocará a faixa em uma almofada e a entregará ao novo presidente, após ele subir a rampa — concluiu.
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