O filho mais velho dos líderes da Renascer em Cristo (Estevam e Sônia Hernandes), Felippe Daniel Hernandes, também foi funcionário fantasma da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo. Conhecido como Bispo Tid, ele foi nomeado assessor técnico de gabinete em 22 de junho de 2004 e permaneceu no cargo até 18 de janeiro de 2005. Nesse período, recebeu todos os meses um salário-base bruto de R$ 6.630, segundo o jornal Estado de S.Paulo.
Felippe recebeu pelo menos R$ 34 mil nos sete meses em que esteve na folha de pagamento da Casa. Mas teve direito a gratificações de representação, como mostra o Diário Oficial do Estado de 29 de junho de 2004, que lhe garantiram um acréscimo de 329,34% calculado sobre 170% de seus vencimentos líquidos.
Somado ao que sua irmã, Fernanda Hernandes, recebeu graças a nomeação do deputado Geraldo Tenuta (PFL), conhecido como Bispo Gê, os dois irmãos receberam pelo menos R$ 119 mil do Estado.
Fernanda foi funcionária fantasma da Assembléia entre fevereiro de 2005 e setembro de 2006, quando recebeu um salário mensal de R$ 5.754,78, sem contar as gratificações.
A promotoria de Justiça e Cidadania do Ministério Público de São Paulo instaurou procedimento investigativo para apurar o uso de funcionários fantasmas pelo deputado. Um promotor deve ser designado para o caso na segunda-feira.
A corregedoria da Assembléia de São Paulo também investiga o caso. Um ofício foi enviado ao deputado Geraldo Tenuta para que ele explique as nomeações em 72 horas, a contar do início da semana.