O fato, segundo Lindbergh, representa “uma aliança perigosa” entre o Vale do Silício, a Casa Branca e Wall Street, capaz de ameaçar democracias e a soberania de países.
Por Redação – de Brasília
A volta do empresário Donald Trump à Presidência dos EUA trouxe à tona, mais uma vez, os debates globais sobre a relação entre grandes corporações tecnológicas e governos de extrema direita. O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do Governo na Câmara, alerta para a presença de bilionários como o nazista Elon Musk (X) e Mark Zuckerberg (Meta) no lugar de honra da cerimônia de posse, na segunda-feira.

O fato, segundo Lindbergh, representa “uma aliança perigosa” entre o Vale do Silício, a Casa Branca e Wall Street, capaz de ameaçar democracias e a soberania de países.
— Trump inaugurou uma aliança potente entre os empresários de tecnologia do Vale do Silício, a Casa Branca e o mercado financeiro de Wall Street. Todos alinhados ao projeto de extrema direita que ataca a soberania e a democracia dos países e traz o que há de pior no mundo — alerta Lindbergh, que se disse alarmado com o papel central das ‘big techs’ nesse novo cenário político.
Hitler
Entre as acusações mais contundentes feitas pelo parlamentar está a de que Elon Musk teria feito uma saudação nazista durante o discurso de posse de Trump, comparando o gesto a práticas do regime de Adolf Hitler. Lindbergh também criticou Mark Zuckerberg pela flexibilização das políticas de checagem de fatos nas plataformas Meta, o que, segundo ele, “prioriza a desinformação”.
— Zuckerberg anunciou mudanças na política de checagem de fatos, se aproximando da nova política praticada pelo X, priorizando a desinformação. Quem está realmente controlando o que você pode dizer ou ouvir? Isso é liberdade de expressão? — questiona o deputado.
O parlamentar alertou, ainda, para o poder das plataformas de manipular conteúdos e influenciar a opinião pública com algoritmos, reforçando interesses econômicos e políticos específicos.
— Eles podem manipular, dizer quem pode falar para a opinião pública e quem não pode. Isso é muito perigoso para a soberania nacional e para a democracia dos países — acrescentou.
Intervenção
Lindbergh também destacou um novo modelo de intervenção nos países, que ele chamou de “golpe tecnológico”. Para ele, o alinhamento das ‘big techs’ com Trump pode resultar na manipulação da opinião pública em escala global, com impacto direto nos processos políticos, especialmente em nações da América Latina.
— Vários golpes aconteceram com a participação norte-americana, algumas vezes com intervenção militar, outras vezes estimulando lawfare. Só que agora, com essa nova aliança do Trump, pode surgir um novo tipo de golpe, estruturado pelas plataformas — concluiu.