O Festival Internacional de Berlim, Berlinale, protesta contra a prisão do diretor do filme Não Há Nenhum Mal, vencedor do “Urso de Ouro” de 2020, o cineasta Mohammad Rasoulof e de outro diretor de filme, Mostafa Al-Ahmad. Já em 2020, Mohammad não obteve autorização para sair do Irã a fim de apresentar seu filme e nem para receber seu prêmio, entregue à sua filha Baran Rasoulof, também cineasta.
Por Berlinale e Deutsche Welle
Cineassta iraniano preso por criticar o governo
Não Há Mal Nenhum é um filme sobre a liberdade individual num país governado por um regime autoritário e que exerce a pena de morte. Ao fazer esse longa, Rasoulof driblou uma proibição de filmar imposta contra ele.
Crítico ferrenho do regime islâmico em Teerã, o diretor foi proibido de comparecer ao Festival na capital alemã. Ele é também proibido de deixar o Irã e foi condenado a um ano de prisão em 2017.
O Festival Internacional de Cinema de Berlim ficou consternado ao saber da prisão dos renomados diretores iranianos Mohammad Rasoulof e Mostafa Al-Ahmad. O filme de Rasoulof. cujo título é Não Há Mal Nenhum, foi premiado com o “Urso de Ouro” de Melhor Filme na Berlinale em 2020. Em seus filmes, Mohammad Rasoulof se concentra na situação social em seu país de origem.
O cineasta Mohammad Rasoulof, vencedor do Urso de Ouro em 2020.
Ambos os diretores são atualmente acusados de terem preparado uma manifestação pública à ação contra a violência.
A Berlinale está fundamentalmente comprometida com a liberdade de expressão e a liberdade das artes. O festival, portanto, protesta contra a prisão dos dois diretores.
“Estamos profundamente preocupados com a prisão de Mohammad Rasoulof e Mostafa Al-Ahmad. É chocante que artistas sejam presos por seus esforços pacíficos contra a violência”, dizem os diretores da Berlinale, Mariette Rissenbeek e Carlo Chatrian.
PorBerlinale e Deutche Welle