Rio de Janeiro, 16 de Setembro de 2025

Avaliação de Temer cai ao pior nível desde o golpe de Estado

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Terça, 19 de Setembro de 2017 às 11:16, por: CdB

Rejeitado por 96,6% dos brasileiros, Temer permanece no cargo por força de um Congresso de ultradireita; alinhado aos rumos políticos da minoria.

 

Por Redação - de Brasília

 

A avaliação ótima/boa do governo do presidente de facto, Michel Temer, caiu para míseros 3,4% em setembro; ante 10,3% em fevereiro, mostrou pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira. A pesquisa do instituto MDA para a Confederação Nacional do Transporte (CNT) apontou ainda que a avaliação ruim/péssima disparou para 75,6%, contra 44,1%, ao passo que a avaliação regular do governo recuou a 18,0%, ante 38,9% na pesquisa anterior. A margem de erro da sondagem é de 2,2 pontos percentuais.

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Michel Temer segue em queda livre junto ao eleitorado brasileiro

Ainda de acordo com o levantamento, o percentual daqueles que desaprovam o desempenho pessoal do peemedebista é de 84,5% — era 62,4% em fevereiro —, enquanto os que aprovam são apenas 10,1%, ante 24,4% em fevereiro. A pesquisa foi realizada de 13 a 16 de setembro, em 137 municípios, com 2.002 pessoas.

Em outra pesquisa, também divulgada nesta manhã, aquela que foi alvo da ira do senador Aécio Neves (PSDB-MG) — principal aliado de Temer, no Congresso —, Dilma Rousseff (PT) é líder nas intenções de votos dos eleitores mineiros. Estudo realizado com 2,2 mil eleitores em 189 municípios mineiros, aponta a presidente deposta virtualmente eleita para o Senado, com 12% dos intenções espontâneas de votos.

Aécio em segundo

Caso decida concorrer por Minas, segundo o instituto Quaest, Dilma baterá, mais uma vez, o adversário tucano que, após ser derrotado por ela na disputa presidencial de 2014, uniu-se ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para viabilizar o golpe de Estado deflagrado em Maio de 2016.

Dilma, com 12% do eleitorado, aparece à frente de Aécio, com 10%. Este último, no entanto, tende a cair mais com a divulgação de grampos com a JBS. Ele chega a premeditar a morte do primo Fred Pacheco, que recebeu malas de R$ 2 milhões.

Outro senador que concorreria com Dilma seria Zezé Perrela (SD-MG), também envolvido no escândalo JBS, uma vez que o dinheiro das malas foi encaminhado a uma das suas empresas. Pesa ainda, no caso Perrela, a apreensão de um nebuloso helicóptero de propriedade de suas empresas, carregado de pasta-base de cocaína.

Disputa eleitoral

Diante do quadro favorável, Dilma poderá trocar uma eventual candidatura à Câmara. Ela visa concorrer no PT gaúcho ou fluminense. Agora, poderá buscar por uma vaga ao Senado por Minas Gerais. Mineira por nascimento mas com a vida política construída em Porto Alegre, Dilma foi procurada pela direção do PT mineiro.

Presidente da legenda no Estado, Cida de Jesus disse a jornalistas que a presidenta tem pontuado bem. Dianta do desempenho, deveria disputar a vaga para o Senado nas pesquisas internas. Mas, para disputar um cargo em Minas, Dilma precisará mudar o domicílio eleitoral. Seu título de eleitor está registrado em Porto Alegre.

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