Apoiada pelo bilionário tecnológico Mike Cannon-Brookes, a proposta da SunCable inclui um enorme parque solar numa antiga estação pastoral entre Elliot e Tennant Creek, uma linha de transmissão de 800 km para Darwin e 4,3 mil km de cabos submarinos para fornecer energia limpa a Cingapura.
Por Redação, com The Guardian – Melbourne
O governo australiano liberou, nesta quarta-feira, as primeiras fases do que descreve como o “maior projeto de energia renovável desde sempre”, no país. Trata-se de uma proposta ambiciosa para enviar energia de um parque solar no interior do Território do Norte para Cingapura, em cabos submarinos de alta tensão. A ministra australiana do Meio Ambiente, Tanya Plibersek, disse a jornalistas, nesta manhã, que a aprovação do Power Link Austrália-Ásia da SunCable, de mais de US$ 30 bilhões (R$ 180 bilhões), sob a Lei de Conservação em vigor, foi um “grande passo para tornar a Austrália uma superpotência de energia renovável” e que o projeto seria “econômica e socialmente transformador”.
Apoiada pelo bilionário tecnológico Mike Cannon-Brookes, a proposta da SunCable inclui um enorme parque solar numa antiga estação pastoral entre Elliot e Tennant Creek, uma linha de transmissão de 800 km para Darwin e 4,3 mil km de cabos submarinos para fornecer energia limpa a Cingapura. As licenças ambientais para o projeto já estão disponíveis. Ainda segundo Plibersek, a planta está projetada para gerar energia suficiente e abastecer 3 milhões de residências australianas; além do cabo de ligação com Cingapura.
— Será o maior complexo de energia solar no mundo e deixará a Austrália como líder mundial em energia verde — disse Plibersek.
Bateria
A construção solar será tão grande que poderá ser vista até do espaço. O projeto terá cerca de 10 GW de potência instalada, numa área de 15 mil hectares, correspondente a quase 20 mil campos de futebol. Para que todo o sistema funcione, a empresa de energia de Cingapura deverá também construir a maior bateria do mundo, localizada em Darwin.
A energia irá abastecer Darwin e terá como fim Cingapura, por meio do cabo submarino. Espera-se então que o projeto possa fornecer energia para mais de um milhão de pessoas — cerca de 20% da população do país.
O ministro-chefe do norte da Austrália, Michael Gunner, já deu o seu apoio ao projeto porque, como afirmou, “não há lugar melhor no mundo para liderar a revolução renovável”.
Novo futuro
A construção estava prevista para começar no ano passado, mas uma série de atrasos somente permitiu que as obras tivessem início agora, para geração de energia prevista em 2027. Se o projeto for um sucesso, pode enfim demonstrar o compartilhamento internacional de energias renováveis, para além de até oceanos. É até uma maneira de aumentar o poder competitivo da energia limpa, para que possa estar ainda mais presente no mercado consumidor e inspirar outros países com vastas áreas solares, como o Brasil, a repetir a experiência.
A energia solar, associada à energia fotovoltaica, é a geração de energia elétrica usando a luz do sol como fonte de energia. A luz do sol, captada por painéis solares, pode gerar corrente elétrica para utilização em residências, comércios e indústrias. Essa energia tem a vantagem de ser limpa e renovável, proveniente de uma fonte considerada inesgotável para nós.
Hoje o estudo na área de energia está bem intenso devido à crescente diligência por um futuro mais sustentável e focado em energias renováveis e alternativas. Portanto, a exigência do desenvolvimento tecnológico mantendo o compromisso com as gerações futuras é imprescindível e inevitável.