Três pessoas morreram em um atentado suicida, cometido por um homem-bomba em uma padaria na cidade de Eilat, no sul de Israel, nesta segunda-feira, segundo porta-voz da polícia local. A explosão destruiu o telhado da Padaria Lehamim, em uma área residencial. Vários grupos militantes palestinos reivindicaram a autoria do ataque, o primeiro em Israel desde abril de 2006. A cidade de Eilat é um local popular para a prática de mergulho, e nunca havia sido escolhida como alvo para atentados por militantes palestinos. Testemunhas dizem que uma poderosa explosão sacudiu a área.
- Eu vi um homem com um casaco preto e uma sacola. Para Eilat, onde faz calor, é estranho ver alguém andando de casaco. Eu pensei: 'Por que este idiota está vestido desta forma?'. Segundos depois, eu ouvi um enorme estrondo. O prédio tremeu - disse Benny Mazgini, um morador local, à Rádio de Israel.
Segundo Bruno Stein, comandante da polícia de Eilat, o extremista "não agia sozinho, pode haver outros (homens-bomba) em Eilat neste momento", afirmou .
Três grupos militantes palestinos - Jihad Islâmica, Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa e o grupo previamente desconhecido autodenominado Exército dos Fiéis - disse estar por trás do ataque. Um porta-voz do grupo Jihad Islâmica disse à agência de notícias Associated Press que o militante veio da Cisjordânia, mas não deu detalhes. O mais recente ataque suicida ocorreu em um restaurante em Tel Aviv, matando dez pessoas. Centenas de palestinos foram mortos por forças israelenses na época, especialmente na Faixa de Gaza.
Manifestação
A Casa Branca, em nota divulgada no início da tarde desta segunda-feira (horário de Brasília) condenou o ataque a bomba em Eilat e disse que a Autoridade Palestina era responsável por evitar tais ataques.
"O fracasso em agir contra o terror irá inevitavelmente afetar as relações entre o governo e a comunidade internacional e minar as aspirações do povo palestino por um Estado soberano", disse o porta-voz da Casa Branca, Tony Snow, em um comunicado.
A Jihad Islâmica, as Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa e o até então desconhecido "Brigada dos Crentes" assumiram a autoria conjunta do atentado, que atingiu um resort israelense no Mar Vermelho. A Jihad e as Brigadas disseram que o ataque foi uma resposta "às tentativas israelenses de corromper a mesquita de Al-Aqsa" em Jerusalém, uma referência às recentes escavações arqueológicas no local.
Autoridades israelenses dizem que o trabalho não danifica o santuário.