Os combates entre milicianos drusos e combatentes tribais beduínos foram a primeira vez que a violência sectária eclodiu dentro da própria cidade de Sweida, após meses de tensões mais amplas na província.
Por Redação, com Reuters – de Damasco
Dezesseis membros das forças de segurança da Síria foram mortos na cidade de Sweida, predominantemente drusa, informou o Ministério da Defesa, depois de terem sido mobilizados para conter os confrontos sectários mortais que a mídia local informou terem sido retomados nesta segunda-feira.

Os combates de domingo entre milicianos drusos e combatentes tribais beduínos foram a primeira vez que a violência sectária eclodiu dentro da própria cidade de Sweida, após meses de tensões mais amplas na província.
Em uma nota à agência inglesa de notícias Reuters, o Ministério da Defesa informou que “grupos fora da lei”, que não foram identificados, atacaram várias de suas unidades ao amanhecer.
Disse que suas forças responderam ao ataque e perseguiram os grupos que se recusaram a interromper as hostilidades e continuaram a atacar as forças de segurança.
Os combates de domingo deixaram 30 pessoas mortas e levaram as forças de segurança da Síria a enviar unidades para a cidade a fim de restaurar a calma e garantir a passagem segura para os civis que queriam sair, disse o Ministério da Defesa em um comunicado anterior.
Mas intensos confrontos ocorreram novamente na segunda-feira, informou a agência de notícias local Sweida24.
Outra fonte de segurança afirmou que as tropas sírias pretendem exercer o controle estatal sobre toda a província para evitar mais violência, mas que isso pode levar vários dias.
Derramamento de sangue
Esse foi o mais recente episódio de derramamento de sangue sectário na Síria, onde os temores entre os grupos minoritários aumentaram desde que os rebeldes liderados pelos islâmicos derrubaram o presidente Bashar al-Assad em dezembro, instalando seu próprio governo e forças de segurança.
Os grupos rebeldes árabes muçulmanos sunitas que lutaram contra Assad durante a guerra concordaram, em dezembro, em se dissolver no Ministério da Defesa, mas os esforços para integrar facções armadas de grupos minoritários — incluindo drusos e curdos — foram amplamente paralisados.
A violência de domingo aconteceu após uma onda de sequestros, incluindo o sequestro de um comerciante druso na sexta-feira, na rodovia que liga Damasco a Sweida, segundo testemunhas.