As mortes são o capítulo mais recente de uma série de retaliações, roubos de gado e sequestros de crianças entre os murle e os dinka bor, outro grupo étnico
Por Redação, com Reuters - de Juba:
Uma milícia tribal matou pelo menos 43 pessoas em Jonglei, Estado central do Sudão do Sul, disseram autoridades locais nesta quarta-feira, parte de um ciclo de assassinatos por retaliação que o poder local tem sido incapaz de deter.
As mortes são o capítulo mais recente de uma série de retaliações, roubos de gado e sequestros de crianças entre os murle e os dinka bor, outro grupo étnico.
Rico em petróleo, o Sudão do Sul mergulhou em uma guerra civil em 2013 e está assolado por rivalidades entre rebeldes, militares e milícias. Mais de um terço dos 12 milhões de habitantes do país fugiu de casa.
Kudumoch Nyakurono, o ministro da Informação do Estado vizinho de Boma, disse que seu governo está tentando descobrir os culpados.
– Há alguns vilarejos que já foram atacados por alguns jovens murle em Pibor – disse Nyakurono.
Violência
– O governo do Estado de Boma condenou este ataque, e enviamos comissários; e representantes daqui para irem descobrir qual vilarejo organizou este ataque para que possamos levá-los à Justiça.
A Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul (Minuss) também disse à agência inglesa de notícias Reuters nesta quarta-feira; que está enviando uma patrulha de pacificação e monitores de direitos humanos á área.
– A Minuss deplora quaisquer incidentes nos quais civis inocentes são mortos. A missão continuará a apoiar os esforços de reconciliação; entre as comunidades no local para amenizar as tensões e encerrar o ciclo de vingança – disse o porta-voz Daniel Dickinson.