Um militante do Hamas foi morto nesta terça-feira na cidade de Khan Younis, na Cisjordânia, horas depois que um cessar-fogo entre o grupo palestino e seu rival Fatah entrou em vigor. O militante, Hussein Shabasi, teria levado um tiro na cabeça.
Um porta-voz do Hamas condenou a morte, mas evitou culpar o Fatah - liderado pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas - pelo ocorrido.
- Não queremos acusar o Fatah, mas se de fato o crime foi cometido por membros do Fatah, terá sido uma grave violação (do cessar fogo) -, disse o porta-voz Fawsi Barhum.
No entanto, de acordo com a imprensa internacional, um porta-voz do braço armado do Hamas acusou o Serviço de Segurança Preventiva, composto majoritariamente por membros do Fatah, pela morte de Shabasi, mas a organização nega ter qualquer envolvimento.
Também há relatos de várias trocas de tiros desde o início do cessar-fogo, às 3h de terça-feira (23h desta segunda-feira, pelo horário de Brasília). Até a morte de Shabasi, a trégua parecia estar sendo respeitada, levando as pessoas a saírem às ruas em muitos casos pela primeira vez depois de cinco dias, quando começaram a se intensificar as batalhas de rua entre o Hamas e o Fatah.
Confrontos entre as duas principais facções palestinas já deixaram mais de 30 mortos nos últimos dias, na pior onda de violência desde que o Hamas venceu as eleições parlamentares, há um ano.
Apesar do cessar-fogo, militante do Hamas é morto
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Terça, 30 de Janeiro de 2007 às 16:15, por: CdB