O Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) confirmou, nesta sexta-feira, que não existe componente químico tóxico nos rejeitos da barragem rompida da mineradora Rio Pomba Cataguases, após análise da água dos rios Muriaé e Fubá, no território de Minas Gerais. Apesar disso, como o abastecimento de água nas cidades do Rio de Janeiro fica comprometida devido a turbidez do rio Muriaé, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) assegurou que o Governo de Minas fornecerá toda a água potável necessária para os municípios fluminenses atingidos.
Segundo o presidente do Igam, Paulo Teodoro de Carvalho, após o acidente do ano passado, na mesma barragem, foram realizadas diversas análises da água em três estações de monitoramento do lado mineiro do Rio Muriaé e em nenhuma delas houve detecção de metais pesados. Uma das estações está localizada na junção do Rio Fubá com o Samambaia, quando formam o Muriaé, a segunda após o município de Muriaé e a terceira, em Patrocínio de Muriaé, na divisa dos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro.
- Não existe resíduos tóxicos na lama que escorre da barragem. O que resulta de depuração da bauxita é uma lama formada por argila e água. Nós monitoramos durante três meses após o acidente de março do ano passado e, até junho, fizemos análise da possibilidade de ocorrência de contaminantes tóxicos e não encontramos a presença de resíduos. Podemos afirmar, com base nessas análises e no monitoramento que ainda a empresa é obrigada a fazer e nos submeter, que não há presença de material tóxico procedente da mineração. Se houver qualquer resíduo tóxico acima dos índices legalmente estabelecidos a partir de cidades fluminenses, ele não teve origem no território mineiro -, afirmou Paulo Teodoro.
Monitoramentos da qualidade da água continuam sendo realizados. Ainda nesta sexta, técnicos do Igam e da Fundação Centro Tecnológica de Minas Gerais (Cetec) coletaram amostras de água para nova análise toxilógica nos rios Fubá e Muriaé. O resultado será concluído dentro de 15 dias. A água foi coletada em pontos estratégicos da bacia hidrográfica nos municípios de Mirai, Muriaé e Patrocínio de Muriaé.
Análise comprova que lama de barragem não é tóxica
Arquivado em:
Sexta, 12 de Janeiro de 2007 às 19:36, por: CdB