O desmatamento em julho é o maior registrado em um mês calendário desde agosto de 2016 e segue os fortes aumentos anuais de maio e junho.
Por Redação, com Sputnik - de Brasília
O desmatamento na Floresta Amazônica do Brasil acelerou na primeira quinzena de julho, a uma taxa que supera os níveis alcançados no mesmo mês do ano passado, o que gera sinais de alerta para um acordo comercial regional com a União Europeia (UE).
Maior floresta
A Amazônia é a maior floresta tropical do mundo e os cientistas consideram sua proteção crítica para a luta contra a mudança climática. Ambientalistas acreditam que o crescente desmatamento no Brasil é culpa das políticas e da retórica do presidente Jair Bolsonaro em prol do desenvolvimento da Amazônia.
O gabinete do presidente e do Ministério do Meio Ambiente não respondeu imediatamente aos pedidos de comentários feitos pela Agência Reuters. No mês passado, o Mercosul, do qual o Brasil faz parte, chegou a um acordo de livre comércio com a UE, que inclui compromissos ambientais.Acordo
Esse acordo já enfrenta uma batalha que deve ser ratificada pelos Estados membros da UE, cujos produtores temem a concorrência do poderoso setor agrícola brasileiro, que argumenta que está sujeito a exigências ambientais menos rigorosas do que na Europa. O Parlamento da Irlanda e o Ministério da Agricultura da Itália pediram que o acordo seja bloqueado. Partidos verdes e agricultores podem aproveitar o crescente desmatamento no Brasil para reforçar seus argumentos contra a ratificação do acordo, declarou um diplomata europeu baseado no Brasil.– Eu acho que é munição para eles, especialmente para os agricultores, mesmo que eles não se importem com a Amazônia – disse o diplomata, que não estava autorizado a falar com a mídia.