Rio de Janeiro, 18 de Setembro de 2025

Álvaro Lins nega envolvimento com máfias dos caça-níqueis

Arquivado em:
Sexta, 22 de Dezembro de 2006 às 14:43, por: CdB

O deputado eleito e ex-chefe da Polícia Civil, Álvaro Lins, falou, pela primeira vez, sobre as acusações feitas a ele de que estaria envolvido com a máfia dos caça-níqueis, a disputa pela exploração de máquinas eletrônicas. Álvaro Lins está sendo investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, que já pediu a prisão preventiva de outras 42 pessoas, denunciadas na Operação Gladiador que ocorreu no último sábado. Todas são acusadas de formação de quadrilha e contrabando.

Lins negou envolvimento com a máfia dos caça-níqueis Segundo a investigação dos agentes federais, o deputado eleito seria a ligação da polícia com a organização criminosa comandada pelo contraventor Rogério Andrade, condenado a 19 anos de prisão por homicídio. Álvaro Lins justificou algumas ligações telefônicas feitas para policiais supostamente ligados à contravenção como parte de sua campanha eleitoral para deputado estadual, e que os criminosos usaram seu nome para incriminá-lo.

Ele ainda tentou esclarecer as duas ligações que seriam provas contundentes que o ligavam à máfia. Os telefonemas teriam sido dados para o policial civil, Hélio Machado, e para o policial militar Jorsan Machado de Oliveira, ambos denunciados no relatório da Operação Gladiador, da Polícia Federal, no sábado. Lins disse que ligou para Helinho para pedir a ele uma cópia da gravação do circuito interno de TV do prédio onde o contraventor Fernando Iggnácio tinha sido preso. Ele disse que uma jornalista pediu a gravação e ele só estava tentando ajudá-la.

Sobre o contato com Jorsan, o deputado eleito disse ter ligado apenas para agradecer a ajuda na campanha.

- Nunca soube do envolvimento dele com máfia dos caça-níqueis. Ele foi apresentado a mim por uma outra jornalista, que disse que ele conseguiria votos para mim e para o Marcelo Itagiba. Após a eleição, ela me pediu para ligar para ele e agradecer os votos. Onde está o telefonema da jornalista para mim? Por que isso não foi apresentado? -, perguntou.

O ex-chefe da Polícia Cívil também buscou explicar o porquê de sua ligação para o delegado da Polícia Federal em Brasília, Victor César, pois havia recebido a informação (da jornalista que tinha lhe pedido a gravação da prisão onde estava Iggnácio), de que ele seria o alvo de uma investigação sobre a máfia dos caça-níqueis. Álvaro Lins disse que queria confirmar se seu nome tinha sido citado mas que não tinha medo que isso acontecesse.

O Ministério Público Eleitoral também pediu a cassação do diploma de Álvaro Lins e de outros 26 deputados eleitos, por suspeita de compra de voto, abuso de poder político e abuso de poder econômco. O pedido será julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral. Lins disse que não há fundamento nas denúncias sobre sua campanha eleitoral.

Tags:
Edições digital e impressa
 
 

 

 

Jornal Correio do Brasil - 2025

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo