O Baixo Clero (maioria de parlamentares sem expressão na mídia) entrou, de cabeça, na reeleição do presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB). As festas de fim de ano não atrapalharam as articulações do parlamentar, que reage ao avanço da candidatura do líder do governo na Casa, o petista Arlindo Chinaglia (SP). O deputado comunista deverá percorrer alguns Estados, no início de janeiro, durante o período de recesso no Congresso, na busca de novos aliados para definir estratégias para a disputa.
O PMDB ocupa o centro das atenções para ambos os concorrentes. Enquanto o grupo de Aldo Rebelo quer evitar a consolidação do nome de Chinaglia, que, na semana passada, praticamente firmou um acordo com a maioria peemedebista, Chinaglia visa se consolidar na disputa.O deputado Eliseu Padilha (PMDB-RS), ex-ministro do governo Fernando Henrique Cardoso, disse a jornalistas, nesta quinta-feira, que apóia a eleição de Chinaglia.
- Estou com o Michel Temer (presidente do PMDB). Temos de garantir os próximos dois anos - afirmou, referindo-se ao acordo para que o partido substitua Chináglia após 2008.
Aldo, por sua vez, tem ampliado as conversas, por telefone, com os seus aliados na disputa pela reeleição. Ele e seus consultores avaliam que Chinaglia não tem condições de reunir o apoio em massa do PMDB à candidatura petista, o que levaria a disputa para o voto, onde pesa a presença dos deputados do Baixo Clero. O deputado Ciro Nogueira (PP-PI), ex-aliado de Severino Cavalcante, faz as sondagens do potencial de votação dos dois candidatos.
A eleição da nova Mesa Diretora será no dia 1º de fevereiro.