Rio de Janeiro, 11 de Setembro de 2025

Agentes públicos do Estado do Rio avançam na privatização da Cedae

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Sexta, 04 de Dezembro de 2020 às 10:39, por: CdB

O acordo prevê preço de R$ 1,70 por metro cúbico de água até o quarto ano da concessão, recuando para R$ 1,63 a partir do quinto ano. O modelo desenhado pelo BNDES previa R$ 1,46 por metro cúbico, enquanto a Cedae chegou a sugerir R$ 2,30. A outorga fixa pela concessão, que atende mais de 60 cidades, ficou em R$ 10,6 bilhões.

Por Redação - do Rio de Janeiro
O governo fluminense e o BNDES chegaram a acordo sobre o valor da água que a Cedae venderá ao futuro concessionário, o que pode destravar a concessão da empresa de saneamento do Estado, disseram o banco e membros do governo nesta sexta-feira. Após o acordo, ainda será preciso vencer etapas como aprovação pelo conselho da Cedae, aprovação da Câmara Metropolitana de Municípios e outros.
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Governo estadual recebeu sugestões do BNDES sobre a desestatização
— Temos todos os elementos na mesa para avançar — disse em evento online Cleverson Aroeira, superintendente de estruturação de parceria em Investimentos do BNDES. Os envolvidos correm contra o tempo para publicar o edital ainda neste ano e viabilizar a concessão das área de distribuição e coleta e tratamento de esgoto no começo de 2021. — Viramos a chave sobre premissas técnicas para o projeto — acrescentou Nicola Miccione, secretário da Casa Civil do Estado.

Concessão

O acordo prevê preço de R$ 1,70 por metro cúbico de água até o quarto ano da concessão, recuando para R$ 1,63 a partir do quinto ano. O modelo desenhado pelo BNDES previa R$ 1,46 por metro cúbico, enquanto a Cedae chegou a sugerir R$ 2,30. A outorga fixa pela concessão da companhia, que atende mais de 60 cidades, foi mantida em R$ 10,6 bilhões. Cerca de 50 municípios aderiram ao modelo. — O valor de R$ 1,63 é o mesmo valor que a Cedae vende hoje a concessionária Niteroi. Com essa premissa, a Cedae mantém fluxo de caixa prevê a viabilidade de empresa de forma robusta — afirmou Guilherme Mendonça, advogado do BNDES.

Desabastecimento

Cláudio Castro, governador em exercício do Estado, interveio para superar o impasse sobre preços. Nesta sexta, ele se reuniu o presidente do BNDES, Gustavo Montezano para fechar o valor. No início do ano, a Cedae apresentou problemas na qualidade da água (cheiro, cor e gosto). Agora, mais de um milhão de pessoas enfrentam desabastecimento por conta de uma problema mecânico em uma elevatória da companhia. O abastecimento somente estará normalizado perto do Natal, segundo a companhia.
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