Rio de Janeiro, 17 de Junho de 2025

Aeronaves chinesas entram na zona de defesa aérea de Taiwan

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Segunda, 14 de Março de 2022 às 08:10, por: CdB

Taiwan é governada à parte da China continental desde 1949, mas Pequim a vê como uma província independentista pronta para ser reintegrada. A China condenou repetidamente a assistência dos EUA ao governo de Taipé como uma interferência nos assuntos internos do país.

Por Redação, com Sputnik - de Pequim

Algumas horas depois de um caça Mirage 2000 da Força Aérea de Taiwan cair no mar durante um voo de treinamento, Taiwan identificou 13 aeronaves chinesas em seu espaço aéreo.

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Treze aeronaves chinesas entram na zona de defesa aérea de Taiwan, deixando forças da ilha em alerta

A Força Aérea de Taiwan foi acionada para alertar 13 aeronaves chinesas que entraram em sua zona de defesa aérea, disse o Ministério da Defesa de Taiwan.

Mais cedo nesta segunda-feira, um caça Mirage 2000 de Taiwan caiu no mar durante um voo de treinamento, mas o piloto conseguiu escapar, disse o escritório da presidente taiwanesa Tsai Ing-wen.

Taiwan é governada à parte da China continental desde 1949, mas Pequim a vê como uma província independentista pronta para ser reintegrada. A China condenou repetidamente a assistência dos EUA ao governo de Taipé como uma interferência nos assuntos internos do país.

Desde que a Rússia lançou sua operação especial militar na Ucrânia em 24 de fevereiro, aumentaram as especulações entre alguns políticos e analistas ocidentais de que a China poderia tomar uma medida semelhante contra Taiwan.

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, rejeitou tais alegações, enfatizando que a operação da Rússia para "desmilitarizar" e "desnazificar" a Ucrânia e a intenção da China de se unificar pacificamente com Taiwan "não são comparáveis".

China atesta 'tolerância zero para atos separatistas'

A declaração foi dada pelo porta-voz do Exército chinês, que também reforçou a postura de Pequim sobre a situação envolvendo Taiwan ser considerada um assunto interno.

De acordo com informações divulgadas pela agência de notícias Xinhua, o porta-voz do Exército de Libertação Popular (ELP) e da Polícia Armada Popular, Wu Qian, afirmou na semana passada, durante sessão da Assembleia Popular Nacional, que a principal causa das tensões entre China e Taiwan são causadas por "atos separatistas".

O porta-voz disse que as atividades das autoridades do Partido Progressista Democrático de Taiwan, em conjunto com forças estrangeiras, em especial Japão e Estados Unidos, são a principal causa da escalada da situação no estreito de Taiwan. Em seu discurso, Wu também reforçou que no cenário entre China e Taiwan se trata de uma questão interna do país.

– Quanto mais os Estados Unidos e o Japão perturbarem a questão de Taiwan, mais duras serão as ações que tomaremos para salvaguardar a soberania nacional e a integridade territorial – alertou Wu.

Wu também afirmou que os recentes exercícios e treinamentos realizados pelo ELP não têm como foco "os compatriotas de Taiwan, mas sim as atividades separatistas pela 'independência de Taiwan' e as forças externas que causam interferência".

Segundo informações do Departamento de Defesa de Taiwan, o ELP da China já enviou 173 aeronaves à zona de defesa aérea da ilha somente em 2022.

Na semana passada, o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, confirmou o interesse do governo chinês em avançar com o processo de reunificação pacífica de Taiwan.

– Impulsionaremos o crescimento pacífico das relações através do estreito de Taiwan e a reunificação da China. Nos posicionamos firmemente contra qualquer atividade separatista que busque a 'independência de Taiwan' e nos opomos firmemente à interferência estrangeira – afirmou Li.

Taiwan é um território autogovernado e, nos anos 1970, a ONU passou a reconhecer a República Popular da China como a única representante legítima da China. Pequim declara que é apenas uma questão de tempo que Taipé se reunifique com a China continental e que se trata de uma questão interna do país.

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