Rio de Janeiro, 11 de Setembro de 2025

Ação da PM no Complexo da Maré deixa alunos sem aula

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Segunda, 27 de Novembro de 2017 às 12:30, por: CdB

Uma equipe do Batalhão de Ações com Cães apreendeu cerca de 300 quilos de maconha e 15 quilos de pasta base de cocaína no Parque União

Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro:

O Comando de Operações Especiais da Polícia Militar  fez nesta segunda-feira pela manhã, uma grande operação contra o tráfico de drogas no Parque União e na favela Nova Holanda, na Zona Norte do Rio.

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O Comando de Operações Especiais da Polícia Militar fez nesta segunda-feira pela manhã, uma grande operação contra o tráfico de drogas

Na ação foi empregado também um helicóptero.  Por medida de segurança, 19 unidades municipais de ensino não funcionaram e deixaram 6.616 alunos sem aula. Quatro unidades de saúde também fecharam as portas e não há atendimento aos moradores.

Uma equipe do Batalhão de Ações com Cães apreendeu cerca de 300 quilos de maconha e 15 quilos de pasta base de cocaína no Parque União. Outra equipe de militares; apreendeu um fuzil automático de fabricação russa na Nova Holanda.

A PM ainda não tem um balanço final da operação.

Milícia

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Divisão de Homicídios da Polícia Civil realizaram uma operação na última quinta-feira para cumprir 31 mandados de prisão preventiva e 45 de busca e apreensão contra denunciados; que fazem parte de uma milícia que atua em diversos bairros da Zona Oeste da capital Fluminense; como Campo Grande, Santa Cruz e Santíssimo; e também em municípios como Itaguaí e Mangaratiba, além de Niterói e São Gonçalo.

Os 31 integrantes da milícia foram denunciados pelo Ministério Público por organização criminosa. A operação recebeu o nome de Marvel, porque a nova liderança é rival da antiga, comandada pelo miliciano Ricardo Teixeira da Cruz; o Batman, que está preso em uma penitenciária federal fora do Rio. Quando ele liderava a milícia, o grupo era conhecido como Liga da Justiça.

De acordo com o MP, a milícia coagia moradores e comerciantes a pagarem por suposta proteção; além de controlar a venda de botijões de gás e prestar serviços de TV a cabo e de internet de forma ilegal; praticar roubos de automóveis e receptar veículos roubados e clonados e; ainda, extorquir empresas para que pudessem transitar e realizar suas entregas nas áreas dominadas pela organização criminosa.

Investigação

Segundo a investigação, a milícia é responsável por espancamentos, sequestros, torturas e homicídios qualificados; em plena luz do dia e em locais de grande aglomeração de pessoas. De acordo com a denúncia, as vítimas da violência seriam pessoas que eventualmente teriam se recusado a se submeter às regras impostas pela organização criminosa; ou que pudessem levar ao conhecimento das autoridades os crimes praticados pelos milicianos.

O líder da milícia é Wellington da Silva Braga, conhecido como Didi ou Eco; que ainda não foi preso. Ele assumiu o controle da organização após a morte do irmão; Carlos Alexandre da Silva Braga, o Carlinhos Três Pontes, morto em confronto com a polícia.

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